De forma multicultural, a visita ao Centro Social A Montanari A.P.S em Bolonha nos faz repensar a forma como enxergamos o envelhecimento.
Na manhã do dia 21 de fevereiro, a delegação brasileira conheceu o Centro Social A. Montanari. Após passeio em sua robusta estrutura que dá possibilidades de execução de atividades de saúde e bem-estar, além das atividades sociais, recreativas e culturais, foi proposta uma troca de experiências sobre a realidade do voluntariado Italiano e as relações com o envelhecimento.
O Dino Barbieri, fundador do centro, reforçou que o nome do espaço é uma homenagem ao Antonio Montanari, pessoa mais velha que morreu no atentado do dia 02 de agosto de 1980 à estação de trem de Bolonha. Na ocasião foi reforçado que o processo de voluntariado italiano é uma iniciativa da população e isso era visível dado aos voluntários recém chegados à casa, quatro alunos do ensino médio que acompanhou toda a visita.
Para endossar todo o discurso, a Antonella Lazzari apresentou a sua visão de voluntariado e o papel do idoso, ativo, neste braço à manutenção da saúde e bem-estar da população italiana ao apresentar seu trabalho na Auser.
Ao final do encontro, o João Paulo Tucano, participante da delegação brasileira, indígena, representante do Norte do Brasil, trouxe uma visão peculiar sobre o envelhecer. Em sua fala ele diz ter medo do envelhecer que discutimos, pois em sua cultura o passar do tempo trás experiência e respeito, e as pessoas se mantém ativas até o fim das suas vidas.
Esta reflexão é algo que, tanto italianos quanto brasileiros, carregamos ao fim do encontro. Será que estamos enxergando o envelhecimento populacional da forma correta?
Vamos refletir!