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Apenas 4% da população se prepara para o envelhecimento, aponta pesquisa

Uma pesquisa realizada pela Neura, curadoria de estudos comportamentais, em outubro, com 1.538 participantes de diversas regiões do Brasil, revela que apenas 4% da população afirma ter sempre se planejado para o envelhecimento. Embora 80% dos entrevistados acreditem que é possível se preparar melhor para essa fase da vida, apenas 9% relataram mudanças recentes em seus hábitos nesse sentido, totalizando 13% que se planejam de alguma forma para a velhice.

O estudo, intitulado “A Permanência da Impermanência”, foi desenvolvido em parceria com a plataforma de pesquisa PiniOn e obtido em primeira mão pela CNN. A pesquisa indica que a maioria dos entrevistados (71%) considera alimentação equilibrada, atividade física e cuidados com a saúde mental fundamentais para melhorar a qualidade de vida.

Apesar de a maioria não considerar incômodo discutir envelhecimento, os jovens tendem a ter mais tabus sobre o tema. A pesquisa mostra que 74,5% das pessoas não se incomodam em falar sobre idade, revelando que as normas sociais sobre o assunto têm pouca influência na percepção real.

Outro dado relevante é que as classes sociais mais altas se mostram mais relutantes em discutir a idade. As mulheres se preocupam em média duas vezes mais do que os homens com termos como “idosa” e “velhice”. O planejamento para o futuro é mais frequente entre as classes mais altas; na classe A, apenas 7,9% não se preparam, em contraste com 32,3% na classe DE.

Zed, coordenador criativo do estudo, destaca que as experiências de vida variam amplamente entre diferentes grupos, o que afeta a percepção do tempo e a preparação para o futuro.

A pesquisa também discute a impermanência como uma abordagem mais flexível e adaptativa ao envelhecimento, em oposição a uma visão linear. Andre Cruz, especialista em neurociência, enfatiza que o envelhecimento deve ser visto à luz das experiências pessoais e contextos socioculturais, permitindo uma compreensão mais profunda das necessidades e desejos individuais.

Para enfrentar os desafios do envelhecimento, o estudo ressalta a importância de um envelhecimento saudável, que promova independência, resiliência e planejamento financeiro, além da necessidade de maior representatividade e diversidade na sociedade.

A metodologia da pesquisa incluiu tanto abordagens qualitativas, com 523 participantes, quanto quantitativas, com 1.538 respondentes, além de uma pesquisa secundária extensa. Testes psicométricos e entrevistas com especialistas complementaram os dados coletados.

Fonte: CNN BRASIL

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