Solidão em Idosos: análise dos benefícios dos grupos de apoio na ESF

RESUMO:

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo que ocorre de forma natural na vida de todos os seres vivos e as demandas psicossociais da população idosa vem aumentando a cada dia (Ministério da Saúde, 2006). As situações no dia a dia são estressantes, a situação financeira ganha um papel extremamente relevante para os idosos. O envelhecimento e a solidão são desafios contemporâneos, que podem impactar na saúde física e mental do idoso, o que torna necessário estudos no sentido de resolver o problema. Para resolver essa problemática é necessária a implementação de políticas públicas com outras instituições e a sociedade civil, como igrejas e centros comunitários. Elas precisam voltar-se para o envelhecimento ativo, o cuidado da saúde mental dos idosos irá provocar a diminuição suicídios, diminuição de patologias crônicas comuns na velhice, maior participação da população no seu cuidado e no convício social, aumento da qualidade de vida e economia no que se refere aos gastos com tratamentos médicos (Ministério da Saúde, 2006). 

OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo identificar e analisar os benefícios apontados na literatura nacional e internacional, que grupos de apoio oferecem como estratégia para promoção de saúde mental com idosos. 

MÉTODO: Este estudo caracteriza-se por ser uma abordagem qualitativa do tipo revisão de literatura integrativa de nível exploratório, pois permite analisar estudos já realizados, compreendendo melhor o tema escolhido e enriquecendo com os estudos realizados, que vem sendo utilizado na área da saúde nos últimos anos e que possibilitou constatar a contribuição da saúde mental na enfermagem bem como melhorias para a assistência. É chamado integrativo porque fornece informações abrangentes sobre um assunto/problema e, assim, forma um conjunto de dados abrangente com precisão metodológica. 

RESULTADOS: A literatura aponta que os enfermeiros são fundamentais no cuidado e educação da saúde mental dos idosos. Segundo a Resolução 159/93 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), métodos científicos devem ser utilizados para identificar, prescrever e implementar medidas de enfermagem que auxiliem na identificação de condições de saúde e doenças. Intervenções incluem prevenção individual, familiar e comunitária, proteção, recuperação e reabilitação da saúde (Pérez González, 2022 e De Oliveira Tavares; Casaburi; Scher, 2019). A solidão é um fator que pode desenvolver ou agravar patologias. Identificar a solidão é crucial, avaliando aspectos como participação em atividades sociais, estado civil, morte de familiares, mudanças de status social e deficiências físicas (Mascarello; Rangel; Baptistini, 2021). Grupos de apoio são uma importante ferramenta no atendimento ao idoso. Estudos mostram que atividades em grupo são mais eficazes que atividades individuais devido ao apoio mútuo. Proporcionam locais de realização, promovem bem-estar social e pessoal, criam confiança, melhoram autoestima, vontade de viver e capacidade de enfrentar problemas. Diminuem solidão, risco de Alzheimer, doenças cardiovasculares e depressão, reduzindo indiretamente o risco de suicídio (Lee; Lee; Yu, 2022 e Luengo Martínez, 2021). 

CONCLUSÃO: Diante do exposto, as evidências científicas produzidas podem concluir que grupos de apoio para idosos, coordenados pelo enfermeiro na atenção primária, podem ser uma estratégia para viabilizar abordagens de atenção à saúde, prevenção de agravos e assistência. Em grupo, os idosos encontram um lugar onde podem compartilhar experiências pessoais, ansiedades e medos e avaliar suas vidas. Nessa interação social há a oportunidade de compartilhar aprendizados e experiências e entender as questões do grupo. Os resultados desse estudo poderão estimular o desenvolvimento de projetos e pesquisas que tratem grupos de apoio com foco no envelhecimento saudável e feliz como um meio para a participação ativa dos idosos na sociedade. 

DESCRITORES: Estratégia Saúde da Família (ESF); Saúde do Idoso; Saúde Mental; Grupo de apoio ao idoso. 

REFERÊNCIAS: 

1. COFEN. RESOLUÇÃO COFEN no 159/1993 – Revogada pela Resolução Cofen no 544/2017. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-1591993_4241.html>. Acesso em: 18 maio. 2023. 

2. DE OLIVEIRA TAVARES, M. L.; CASABURI, L. E.; SCHER, C. R. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595029835/pageid/0. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595029835/pageid/0>. Acesso em: 23 maio. 2023. 

3. Freepik. Disponível em: <https://br.freepik.com/>. Acesso em: 3 ago. 2024. 

4. LEE, S. H.; LEE, H.; YU, S. Effectiveness of social support for community-dwelling elderly with depression: A systematic review and meta-analysis. Healthcare (Basel, Switzerland), v. 10, n. 9, p. 1598, 2022. 

5. LUENGO MARTÍNEZ, C. et al. Depresión y desesperanza en adultos mayores pertenecientes a agrupaciones comunitarias en Chillán, Chile. Gerokomos, v. 32, n. 4, p. 216–220, 2021. 

6. MASCARELLO, I. F.; RANGEL, K. B.; BAPTISTINI, R. A. IMPACTO DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA NA FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO. Disponível em: <http://www.saocamilo- es.br/revista/index.php/cadernoscamilliani/article/view/46>. Acesso em: 26 abr. 2023. 

7. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ENVELHECIMENTO ATIVO: UMA POLÍTICA DE SAÚDE. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf>. Acesso em: 23 maio. 2023. 

8. PÉREZ GONZÁLEZ, D. El impacto de la soledad en la salud de los mayores. El papel de la enfermería. Universidade de Santiago de Compostela. Facultade de Enfermaría, jun. 2022.