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Qualidade de vida de pessoas idosas com diabetes mellitus

  • Manoela Vieira Gomes da Costa – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
  • Giulia Maria Santos Matuszewski Leal – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
  • Alessandro de Oliveira Silva – Centro Universitário de Brasília (CEUB)
  • Silvana Schwerz Funghetto – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
  • Luciano Ramos de Lima – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
  • Marina Morato Stival – Universidade de Brasília (UnB/FCE)

RESUMO:

OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) atendidas na atenção primária. 

MÉTODO: Estudo transversal descritivo realizado com 323 pessoas idosas atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Federal. A coleta de dados ocorreu de agosto a setembro de 2020 e foram avaliados: variáveis sociodemográficas, clínicas, hábitos de vida, parâmetros bioquímicos, medidas antropométricas e composição corporal. Para avaliação da QV utilizou-se o instrumento genérico SF-6D, derivado do SF-36, composto por 6 domínios. A análise estatística foi realizada no SPSS 25.0. O nível de significância considerado foi de p<0.05.

RESULTADOS: A maioria do sexo feminino (73,1%), idade entre 60 e 70 anos (63,2%), ensino fundamental (63,8%), casados (53,6%), com renda mensal menor ou igual a 1 salário-mínimo (53,6%) e aposentados (69,3%). Destaca-se que 7,7% eram tabagistas, 6,5% etilistas, 41,2% sedentários, 18,0% usavam insulina, 56,7% referiram episódios de quedas e 81,4% tinham HAS. Uma pior QV nas pessoas idosas do sexo feminino (p=0,001), nos solteiros e viúvos (p=0,016) e nos sedentários (p=0,001). Verificou-se prevalência de 44,6% de polifarmácia, 83,9% com PGC elevado, 66,9% com aumento da CC, 65,3% com aumento da glicemia em jejum e 43,7% com HBA1c aumentada, 57,3% com colesterol total aumentado, 43,7% triglicerídeos elevados, 37,8% HDL baixo e 33,1% com aumento do LDL. Somente o aumento da HBA1c foi associado a uma pior QV (p=0,007). Os domínios mais afetados foram: Dor (92,6%), seguido de Vitalidade (76,8%), Capacidade funcional (75,2%), Saúde mental (66,3%) e Limitação global (62,2%). O domínio menos afetado foi Aspectos sociais (50,5%). Observou-se menores valores medianos nas pessoas idosas com mais de 10 anos de diagnóstico (Md=0,756) quando comparados com aqueles com menos de 10 anos (Md=0,791) (p= 0,002). 

CONCLUSÃO: O estudo evidenciou uma pior QV em pessoas com DM2 do sexo feminino, com descontrole metabólico e naqueles com mais tempo de diagnóstico da doença. Esses resultados podem auxiliar na promoção de atividades pelos profissionais de saúde, a fim de melhorar a QV de pessoas idosas na APS. 

DESCRITORES: Idoso, Diabetes Mellitus tipo 2; Qualidade de Vida, Atenção primária à saúde.



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