- Mateus Medeiros Leite – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
- Samuel Barbosa Mezavila Abdelmur – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
- Alessandro de Oliveira Silva – Centro Universitário de Brasília (CEUB)
- Silvana Schwerz Funghetto – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
- Izabel Cristina Rodrigues da Silva – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
- Luciano Ramos de Lima – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
- Marina Morato Stival – Universidade de Brasília (UnB/FCE)
RESUMO:
OBJETIVO: Determinar e correlacionar a força muscular relativa (FMR) com medidas antropométricas, composição corporal e marcadores inflamatórios, bem como comparar a FMR de acordo com a classificação do índice de massa corporal (IMC)de idosas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) atendidas na atenção primária em saúde.
MÉTODO: Participaram do estudo noventa e duas idosas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Dinamômetro hidráulico JAMAR foi utilizado para avaliar a força muscular. Foram realizadas 3 medidas em ambas as mãos, sendo registrado o maior valor. A FMR foi determinada pela soma de ambas as mãos dividida pelo IMC: [FMR = (FMD+FME/IMC)]. Foram realizadas medidas antropométricas de massa, estatura, circunferência de cintura (CC). Com as medidas da CC e estatura foi calculada a Razão Cintura/Estatura (RCE). A composição corporal foi avaliada pelo exame Absorciometria de Raios X de Dupla Energia (DEXA). Os marcadores inflamatórios foram determinados através de análise sanguínea. Resultados: As idosas apresentaram idade média de idade de 68,58 (± 6,38 anos) e uma FPMR média de 1,34 (± 0,35 Kg.f). Foram verificadas correlações positivas da FMR com a estatura (r = 0,390; p < 0,001), e negativamente com a massa (r = -0,277; p = 0,030), IMC (r = – 0,420; p < 0,001), CC (r = -0,463; p < 0,001), % GC (r = -0,403; p < 0,001), MG (r = – 0,284; p = 0,006), RCE (r = -0,562; p < 0,001) e RPL (r = -0,291; p = 0,005). A maior parte das idosas apresentaram IMC elevado (67,39%). Aquelas com IMC elevado apresentaram menor FMR em relação àquelas com IMC normal (1,29 ± 0,30 vs 1,45 ± 0,42; p = 0,032).
CONCLUSÃO: A maior parte das idosas apresentaram IMC elevado, as quais também apresentaram menor FMR. A FMR foi negativamente correlacionada com medidas antropométricas e de composição corporal de massa, IMC, circunferência da cintura, percentual de gordura corporal e razão cintura/estatura. Esses resultados sugerem que o aumento da adiposidade e da massa corporal podem impactar negativamente a força muscular, ressaltando assim a importância de intervenções que visem melhorar a composição corporal e aumentar a força muscular, contribuindo para a saúde e a qualidade de vida das mulheres idosas com DM2 na atenção primária em saúde.