- Viviane Lovatto – Universidade de Brasília
- Andréia de Amorim – Universidade de Brasília
- Bruna da Silva Sousa – Universidade de Brasília
- Camila Leal Cardoso – Universidade de Brasília
- Erli Neuhauss – Universidade de Brasília
- Rafaella Carvalho da Silva – Universidade de Brasília
- Vera Regina Fernandes da Silva Marães – Universidade de Brasília
RESUMO:
INTRODUÇÃO: Atualmente, discute-se amplamente a saúde da população idosa, visto que cada vez mais alteram-se as pirâmides etárias mundiais apresentando assim índices cada vez maiores de expectativa de vida. O processo de envelhecimento vem sendo acompanhado de doenças crônicas, porém, tem-se observado o aumento de doenças sexualmente transmissíveis nos mesmos. Sendo que este aumento está vinculado diretamente a busca pelo prazer e a ausência de preocupação destes idosos com os riscos relacionados ao ato sexual, em que as inúmeras campanhas do Ministério da Saúde de caráter preventivo, estão agindo ativamente na tentativa de sanar tais transmissões, entretanto, não apresentam total eficiência e eficácia pela forma de abordagem das mesmas.
OBJETIVO: Destacar a relevância da discussão sobre a sexualidade dos idosos, além de enfatizar a importância de campanhas preventivas para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
MÉTODO: Realizou-se revisão bibliográfica nas bibliotecas virtuais BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Foram utilizados os descritores “idosos”, “sexualidade”, “HIV/ AIDS” e “campanhas”. A busca foi realizada no período de fevereiro de 2024. Inicialmente, foram identificados 504 artigos. Após a leitura dos títulos, 150 resumos foram analisados, e 121 artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios de seleção, que incluíram a relevância do tema, a presença de estudos epidemiológicos e a relação entre campanhas preventivas e a sexualidade na terceira idade. Ao final, 29 publicações entre 2013 e 2023 foram selecionadas para leitura integral, das quais 10 estavam na língua inglesa e 19 na língua portuguesa. Além disso, foram consultados dois livros brasileiros.
RESULTADOS: A sexualidade na terceira idade é frequentemente permeada por mitos e desinformações, os quais impactam negativamente na percepção dos idosos sobre sua sexualidade e geram preconceitos que dificultam a expressão de suas dúvidas e decisões. As campanhas preventivas, geralmente direcionadas ao público jovem, muitas vezes não utilizam uma linguagem acessível aos idosos, o que aumenta sua vulnerabilidade a ISTs, especialmente ao HIV/AIDS. Outro ponto relevante é a prática sexual dos idosos, que frequentemente buscam parceiros em redes sociais, serestas e outros ambientes que podem apresentar riscos à segurança física e sexual. Poucas campanhas públicas abordam essas questões, o que aumenta a exposição desses idosos a maiores riscos.
CONCLUSÃO: A sexualidade dos idosos pode ser considerada na formulação de políticas públicas e campanhas preventivas. É fundamental que essas ações sejam veiculadas de forma acessível, com linguagem clara e adaptada à essa faixa etária. Profissionais de saúde devem estar atentos aos fatores que influenciam a sexualidade na terceira idade e atuar de maneira preventiva, visando à redução da transmissão de doenças e à promoção de uma melhor qualidade de vida e bem-estar sexual para os idosos.
DESCRITORES: Sexualidade, Homens, Sexo, Idosos.