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Variabilidade da Frequência Cardíaca na Avaliação da Disfunção Hemodinâmica Vascular: uma revisão

  • Luís Aparecido de Oliveira Freitas – Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde da Universidade de Brasília –
    PPGCTS – UnB
  • Vera Regina Fernandes da Silva Marães – Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde da Universidade de Brasília –
    PPGCTS – UnB

RESUMO:

INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular é considerada uma das principais causas de mortalidade e incapacidade funcional no mundo. É importante compreender que os mecanismos hemodinâmicos e os de controle da pressão arterial auxiliam no entendimento da origem e do desenvolvimento das disfunções cardiovasculares, uma vez que o mecanismo barorreflexo influencia na frequência cardíaca e no controle simpático vascular. 

OBJETIVO: O objetivo dessa revisão foi buscar resposta para a seguinte questão norteadora – “disfunção hemodinâmica vascular (obstrução, estenose, dilatação ou rigidez arterial) pode interferir, conforme local da alteração, no controle autonômico cardíaco por meio da variabilidade da frequência cardíaca?” 

METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura em língua inglesa sobre disfunções vasculares que podem levar a alterações hemodinâmicas e seu impacto na modulação autonômica cardíaca utilizando a estratégia: ((“Vascular Diseases”) AND (“heart rate variability”) AND (hypertension) AND (“Middle Aged” OR Elderly OR Aged)) inserida nas bases de dados EBSCO, EMBASE, PUBMED, SCIENCEDIRECT, SCOPUS, WEB OF SCIENCE no período compreendido entre dezembro de 2023 a fevereiro de 2024. A busca resultou em 2.804 artigos, publicados entre 2018 e 2023. Desses, foram selecionados quatorze artigos para esta publicação através de um revisor baseado nas diretrizes metodológicas para elaboração de revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados (Ministério da Saúde – Brasil). 

RESULTADOS: Quatorze trabalhos foram selecionados que discorriam sobre disfunção hemodinâmica e seu impacto na variabilidade da frequência cardíaca em diferentes grupos: hipertensos, saudáveis, diabéticos e ateroscleróticos. Os estudos selecionados apresentavam como ferramentas de coleta: eletrocardiógrafos, ecodoppler, cardiofrequencímetro, pletismógrafo e tomógrafo. Houve a percepção de que o aumento da rigidez arterial tem significativa relação com a disfunção autonômica em sujeitos com doença arterial periférica e disfunções isquêmicas vasculares podem induzir a alterações autonômicas e que há um risco mais elevado de distúrbios cardíacos nas primeiras horas do dia. O distúrbio hemodinâmico miocárdico induz ao desequilíbrio simpático e causa desregulação súbita no compasso cardíaco e tem como mediadores os barorreceptores e quimiorreceptores carotídeos. 

CONCLUSÃO: Os resultados dos estudos demonstraram uma estreita relação entre a disfunção hemodinâmica, disautonomia e a variabilidade da frequência cardíaca. as variações externas e internas entre os processos regulatórios da variabilidade da frequência cardíaca e do fluxo sanguíneo cutâneo em extremidades de indivíduos saudáveis e pacientes demonstram sensibilidade às alterações no estado hemodinâmico causadas por distúrbios patológicos e podem ser sugeridas como marcadores fisiológicos não invasivos para o diagnóstico precoce de disfunções vasculares para prevenir doenças graves. 

DESCRITORES: Rigidez Arterial. Hemodinâmica Vascular. Variabilidade da FrequênciaCardíaca. Modulação Autonômica Cardíaca.


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