A data, instituída pela Lei nº 11.695/2008, reforça a importância do exame com o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade da mamografia para detectar alterações na mama precocemente.
O exame é uma radiografia do tecido mamário, feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar lesões nos estágios iniciais.
Quanto mais cedo o tumor for identificado, maiores as chances de cura. Para câncer de mama, os casos identificados no início trazem um índice de cura que pode chegar a 98%.
Quando fazer a mamografia:
A mamografia, como forma de rastreamento do câncer, é indicada para mulheres acima dos 40 anos, anualmente, como recomendação da nossa instituição e da Sociedade Brasileira de Mastologia. O Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos entre os 50 e 69 anos. Abaixo dos 40 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis e se o médico determinar esta necessidade.
Em caso de mamas muito densas, o médico poderá solicitar exames complementares, como o ultrassom. Em nossa instituição, em caso de mama densa, faz parte do protocolo fazer o ultrassom complementar de rotina.
A mamografia é um exame não invasivo e que deve ser feito inclusive por quem tem próteses mamárias. O exame pode ser incômodo para algumas pacientes, pois realmente precisa apertar bastante a mama para se conseguir uma boa imagem. No entanto, dor é uma questão de sensibilidade pessoal, ou seja, algumas mulheres não sentem dor. Para as que sentem, sugerimos que evitem programar seus exames para muito perto da data da menstruação, pois a mama estará mais sensível e isso pode aumentar o desconforto.
Uma dúvida comum, que surgiu devido a falsas notícias, é a necessidade de usar protetor de tireoide durante o exame. Isso é um mito, pois a mamografia não causa câncer de tireoide. O Colégio Brasileiro de Radiologia esclarece que não há necessidade do protetor. A quantidade de raios X liberada é muito pequena e é segura.
Como é feita a mamografia:
Quem realiza o exame é um técnico em exames radiológicos especializado em fazer radiografias das mamas. O médico fará a leitura dessas imagens para verificar a existência de alguma alteração. O exame realizado adequadamente e interpretado por um profissional habilitado será muito importante para a detecção de pequenas alterações.
As mamas são colocadas sobre uma placa de acrílico e outra placa semelhante exerce uma pressão para que a mama fique com uma espessura uniforme. Esse detalhe faz toda a diferença! É a compressão que facilita a identificação de lesões suspeitas que possam estar escondidas atrás do tecido mamário. Esse cuidado também evita o diagnóstico de lesões que não existem, formadas pelas áreas mais densas da glândula que ficam sobrepostas, formando uma falsa imagem. A compressão dura alguns segundos e pode causar algum desconforto, mas a importância do exame supera esse detalhe.
Embora a mamografia seja o principal exame para detectar anormalidades nas mamas, apenas uma biópsia poderá confirmar o diagnóstico, se benigno ou maligno. Um relatório médico (laudo) acompanha os filmes ou o CD que contem as imagens do exame. Geralmente o parecer neste relatório consta de uma classificação denominada BI-RADS, usada em quase todo o mundo para uniformizar o laudo. Essa classificação vai de 0 (zero) a 6 (seis) e cada uma delas sugere uma conduta específica. Se no laudo constar BI-RADS 4 ou 5 seu médico deverá solicitar uma biópsia.
Câncer de mama em homens:
Não existe rastreamento para câncer de mama em homens, por ser uma doença rara. Mas, a mamografia é recomendada quando o paciente apresenta queixa como caroço na mama, secreção ou inchaço próximo do mamilo e dor unilateral.
Recomendação:
Evite marcar o exame para uma data que anteceda a menstruação, quando as mamas podem estar mais sensíveis. O ideal é realizá-la logo após o período menstrual.
Fonte: Ministério da Saúde