Hoje, no período da manhã, tivemos no Seminário Luso-Brasileiro de Inovação & Envelhecimento Humano, o Painel 3: Produção de alimentos saudáveis e envelhecimento. Moderado pela Dra. Michelle Vilela da FAV/UnB, o painel contou com os convidados Dr. Bruno Lucchi – Superintendente Técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Dr. Cássio José da Silva – Faculdade de Agronomia e Veterinária/UnB, para deliberarem sobre o tema.
O Dr. Cássio José da Silva explanou sobre Alimentos saudáveis (origem animal) e sustentabilidade: Mitos e evidências científicas. Ele explicou que as proteínas do soro do leite, também conhecidas como whey protein, são extraídas durante o processo de fabricação do queijo. Possuem alto valor nutricional, contendo alto teor de aminoácidos essenciais, especialmente os de cadeia ramificada. Também apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro. Relatou também que pesquisas recentes demonstram sua grande aplicabilidade no esporte, com possíveis efeitos sobre a síntese protéica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na modulação da adiposidade, e melhora do desempenho físico.
Estudos envolvendo a análise de seus compostos bioativos evidenciam benefícios para a saúde humana. Entre esses possíveis benefícios destacam-se seus efeitos hipotensivo, antioxidante e hipocolesterolêmico. Esta revisão buscou trabalhos que trazem avaliação das propriedades funcionais das proteínas do soro, tanto em humanos como em animais. Apesar das evidências apresentadas, novos estudos, assim como o desenvolvimento de novos alimentos enriquecidos com as proteínas do soro, com o intuito de facilitar seu consumo por grandes grupos populacionais, são necessários para verificar sua real eficácia. Observou ainda que o mecanismo de modulação do câncer de CLA, que existem várias possibilidades intrigantes quanto à sua ação anticancerígena. No entanto, o mecanismo anticancerígeno concreto ainda não está claro.
Em seguida, o Dr. Bruno Lucchi – Superintendente Técnico da Confederação Nacional da Agricultura, iniciou sua apresentação sobre a qualidade e sustentabilidade como critérios para produção e comercialização de alimentos saudáveis. Relatou sobre o Agronegócio Brasileiro (com dados de 2022), o mercado internacional e seu papel no atestado de qualidade, destacando a sustentabilidade da produção agropecuária brasileira. Observou que o Brasil é o terceiro maior exportador agropecuário do mundo – 6,5% do mercado internacional. O agronegócio brasileiro exporta para mais de 200 territórios, nosso principal produto exportado é o suco de laranja, seguidos por celulose e café.
Ele apresentou ainda os dados do agronegócio brasileiro em tecnologia e inovação em prol da segurança alimentar, deixando evidente que o agro é sustentável. Segundo o representante da Confederação, a legislação brasileira é altamente eficaz em termos ambientais, e as práticas sustentáveis já implementadas pelos produtores se tornarão cada vez mais um fator distintivo na obtenção de crédito e no mercado financeiro.
Ao final das apresentações, responderam algumas perguntas de convidados e encerraram o painel.
Por Juliana Mucury – Relações Públicas