Telessaúde Integrada de Estilo de Vida por Chao Lung Wen


Ontem, dia 19 de junho, o convidado presente no Seminário Luso-Brasileiro de Inovação & Envelhecimento Humano, Dr. Chao Lung Wen, presidente da Associação Brasileira de Telemedicina, abordou o tema da Telessaúde e telemedicina. Em sua apresentação, Chao ressaltou que essas práticas são métodos profissionais que visam estabelecer a conexão entre medicina e saúde.

Nos últimos anos, tem havido um aumento no debate sobre telemedicina, impulsionado pela necessidade de aprimorar o acesso aos cuidados de saúde, bem como pelos benefícios adicionais que ela oferece, como redução de custos e maior eficiência.

Lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como estado de bem-estar físico, mental e social e não APENAS a ausência de doença orgânica. Chao ainda ressaltou que é defensor da medicina conectada e contou que a ideia é alcançar uma reorganização do sistema de saúde que se utiliza dos meios digitais para acelerar o processo presencial. 

Robôs de Limpeza, Pix, Metaverso, Relógios Inteligentes, Realidade Aumentada, Inteligência Artificial Doméstica etc. são realidades.

É sempre possível realizar transformações e aprimoramentos, desde que haja uma abordagem equilibrada e estruturada, em vez de apenas empolgação. É importante nos inspirarmos e demonstrarmos empatia, lembrando que a tecnologia não pode substituir a nossa empatia nos cuidados, uma vez que estamos lidando com pessoas” Chao Wen.

A otimização e Humanização da Cadeia de Cuidados é baseada em: Aumento da logística e eficiência; Redução de desperdícios; e na Redução da Fragmentação da Saúde com aumento de acesso. Durante a apresentação, também foi abordada a preocupação com a possível desumanização que a telemedicina e a telessaúde podem trazer. O professor da USP destacou a importância de dissipar essa preocupação, mencionando casos em que os pacientes se mostraram mais insatisfeitos com o atendimento presencial do que com o uso das tecnologias disponíveis. Ele ressaltou que são as próprias pessoas que podem desumanizar o atendimento e apresentou exemplos que ilustram como a telemedicina pode ser realizada de forma humanizada.

Chao fez uma comparação entre o avanço da telemedicina na área da saúde e a revolução que o internet banking e a inteligência artificial proporcionaram aos bancos, resultando em uma reorganização completa e na distribuição de serviços com maior eficiência, reduzindo as filas de atendimento.

Explicou ainda que o período atual é considerado a década da telemedicina privada e do desenvolvimento em um ecossistema. Segundo ele, a telemedicina em um ecossistema é eficiente, responsável, cognitiva e exponencial. Ele enfatizou que a telemedicina deve ser baseada em três pilares fundamentais: ética, responsabilidade e segurança digital.

Ao finalizar, o professor apontou qual ambiente de saúde teremos no futuro, e disse que nos próximos anos, predominará o hospital híbrido digital. Entre as características, destacou o aumento da eficiência intra-hospitalar (centro cirúrgico, laboratórios, insterconsultas); formação de uma rede integrada, que melhora a logística diagnóstica; e a ênfase em serviços de telemonitoramento domiciliar.

Por Juliana Mucury – Relações Públicas


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