Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro Universitário Facens, localizado em Sorocaba, Brasil, explora a interseção entre o conceito de Cidades Inteligentes e a transformação digital aplicada ao envelhecimento da população. Os pesquisadores por trás deste trabalho, Regiane Relva Romano (PhD), Maria Helena Senger (PhD) e Fabiano Prado Marques (PhD), destacam a relevância dessa abordagem inovadora em um mundo cada vez mais tecnológico.
A pandemia da Covid-19 alterou radicalmente a vida de pessoas em todo o mundo, e os idosos foram especialmente afetados. Enfrentar o isolamento social e o medo da doença tornou-se uma realidade assustadora, ressaltando a importância de soluções que possam encurtar as distâncias e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. O estudo aponta que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) desempenharam um papel vital nesse cenário, oferecendo aos idosos ferramentas para manter a interação social, acessar informações e participar de atividades remotas.
Os pesquisadores analisaram vários estudos que exploram os benefícios e desafios do uso de tecnologias por idosos. Eles descobriram que as TICs têm o potencial de melhorar a saúde mental, autonomia e bem-estar dessa população, permitindo que eles permaneçam conectados com amigos e familiares, tenham acesso a entretenimento e participem de tratamentos de saúde à distância.
O estudo também destaca a importância de transformar as cidades em ambientes inteligentes e sustentáveis, onde a tecnologia é aproveitada para melhorar a qualidade de vida de todas as faixas etárias, incluindo os idosos. Os pesquisadores ressaltam que não existe uma definição única de Cidade Inteligente, variando entre perspectivas americanas e europeias. No entanto, enfatizam a necessidade de considerar aspectos econômicos, culturais, humanos, sociais, ambientais e tecnológicos ao desenvolver essas cidades do futuro.
O estudo discute a relevância da Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa (EBAPI), que visa promover um envelhecimento ativo e saudável. Para alcançar o status de Cidade Inteligente, os municípios devem aderir a essa estratégia e garantir direitos e cuidados adequados para os idosos em várias áreas urbanas, como transporte, moradia, participação social e comunicação.
Os pesquisadores da Facens destacam a importância da transformação digital para enfrentar os desafios complexos do envelhecimento da população e para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Eles apontam iniciativas como a E-Digital, que busca alavancar tecnologias digitais para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Em resumo, a pesquisa conduzida pelos pesquisadores da Facens demonstra como a transformação digital pode impactar positivamente a vida dos idosos em Cidades Inteligentes. Seus insights destacam a importância de políticas e estratégias que promovam a inclusão digital, o envelhecimento ativo e a qualidade de vida dessa população em constante crescimento.