Anvisa afirma que estudos da farmacêutica não apresentam dados de segurança para esse público
Apesar de os idosos constituírem um grupo com elevado número de hospitalizações por dengue no Brasil, a imunização dessa faixa etária ainda não foi autorizada no país devido à não liberação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme indicado pela Anvisa, os estudos conduzidos pela farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do imunizante não apresentaram informações suficientes acerca da segurança da substância em indivíduos com mais de 60 anos.
A vacina, denominada Qdenga, produzida pela Takeda Pharma, recebeu aprovação da Anvisa em março de 2023 e está disponível em clínicas privadas em todo o país desde julho, destinada a pessoas de 4 a 60 anos. Embora qualquer indivíduo nessa faixa etária possa receber a vacina em clínicas particulares, a aplicação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) requer a definição de prioridades.
A inclusão do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS) foi efetuada pelo Ministério da Saúde em dezembro do ano passado, fazendo do Brasil o primeiro país a disponibilizar essa vacina em seu sistema público de saúde.
A primeira remessa, destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, chegou ao país há dez dias, em 21 de janeiro. O Ministério da Saúde adquiriu 1,32 milhão de doses para serem recebidas nos próximos dias, além de 5,2 milhões de doses programadas para entrega em etapas até novembro de 2024.
A vacinação será implementada em 521 municípios de regiões endêmicas a partir de fevereiro, com a meta do Ministério da Saúde de imunizar aproximadamente 3,2 milhões de pessoas neste ano. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
O imunizante opera com base no vírus atenuado, incapaz de causar a doença. A Qdenga inclui quatro sorotipos diferentes do vírus, e a eficácia clínica apontada é de 80,2%, conferindo proteção por 12 meses após a administração das duas doses.
Fonte: CNN Brasil