A situação dos idosos frente às devastadoras inundações no Rio Grande do Sul revela uma trágica realidade de desamparo e desafios. Com uma população idosa representando 14,1% dos moradores do estado, segundo dados do IBGE, a preocupação com esse grupo vulnerável se intensifica.
As autoridades locais, embora resgatem todos em áreas de risco, enfrentam dificuldades específicas ao lidar com os idosos durante os salvamentos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, o resgate é feito com a máxima agilidade, mas há relatos de voluntários sobre a necessidade de cuidados extras devido à fragilidade física dos idosos.
Um levantamento conduzido por entidades locais estima que mais de 200 mil idosos foram impactados pelas chuvas recentes. Entre as vítimas, há relatos de dificuldades de locomoção, baixa renda, solidão e doenças crônicas, agravando ainda mais a situação.
Nos abrigos improvisados, a solidão é uma realidade dolorosa. Muitos idosos encontram-se sozinhos, sem notícias de suas famílias desde o resgate. Além disso, as doenças crônicas apresentam desafios adicionais, como a necessidade de medicamentos regulares e dificuldades de acesso a instalações sanitárias adequadas durante à noite.
Enquanto as autoridades e voluntários trabalham incansavelmente para oferecer assistência, a situação dos idosos nas inundações do Rio Grande do Sul destaca a urgência de medidas específicas para proteger esse segmento vulnerável da população em meio a desastres naturais.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ce550yrv3v7o.amp