Cúpula do P20 em Brasília: Parlamentos se unem por um futuro justo e sustentável

O Brasil receberá líderes parlamentares de todo o mundo na 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), nessa semana , no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília, tem como tema “Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável” em  um momento crucial para a cooperação internacional em face dos desafios contemporâneos.

O P20 foi criado em 2010 como um fórum consultivo, reunindo parlamentos de países membros do G20. Em 2018, o evento se consolidou como a Cúpula de Presidentes dos Parlamentos, ganhando maior institucionalidade e impacto. A edição deste ano em Brasília demonstra a importância crescente do diálogo parlamentar na busca por soluções conjuntas para os desafios globais.

No contexto dos debates globais promovidos pelo P20, um tema que se mostra crucial é o envelhecimento populacional. Com o aumento da expectativa de vida em várias regiões, os países enfrentam desafios e oportunidades que exigem políticas públicas e estratégias inovadoras, promovendo um envelhecimento saudável, autonomia dos idosos e uma melhor qualidade de vida para essa população crescente.

Três eixos temáticos para um futuro melhor: A 10ª Cúpula do P20 se concentrará em três temas prioritários:

  1. Combate à fome, à pobreza e à desigualdade: Diante do aumento da fome no mundo, o P20 discutirá soluções para garantir a segurança alimentar e nutricional, ampliar a proteção social e promover práticas alimentares sustentáveis.
  2. Desenvolvimento sustentável e transição ecológica justa: As discussões abordarão a necessidade de acelerar a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, garantindo uma transição ecológica justa e inclusiva, com ênfase na justiça social e na dignidade humana.
  3. Governança global adaptada aos desafios do século XXI: O P20 debaterá a reforma de instituições como a ONU, FMI, Banco Mundial e OMC, buscando maior representatividade, legitimidade e funcionalidade para enfrentar os desafios globais.

A Rede Internacional de Estudos e Pesquisas e Sistemas de Cuidados de Envelhecimento – Rede Geronto estará presente mais uma vez nas discussões que compõem a temática da Agenda 2030 da ONU, da Década do Envelhecimento da OPAS e a agenda Brasil 2025 que consideram a situação do mundo globalizado, as mudanças climáticas e a transição demográfica que traz a pauta do envelhecimento e da longevidade. Para essa discussão foi produzido um documento “Impactos na Governança Global: Envelhecimento, Inclusão e Sustentabilidade. para o eixo Reforma da Governança Global”.

O envelhecimento populacional no Brasil, provocado por uma combinação de fatores tem um grande impacto em nosso país continental, como a queda das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida, que ocorre de maneira mais rápida em comparação com os países desenvolvidos, trazendo tanto oportunidades quanto desafios complexos, exigindo uma resposta contundente do Estado e da sociedade.

As projeções indicam que o Brasil terá cerca de 253 milhões de habitantes em 2050, sendo que os idosos constituirão uma parcela expressiva dessa população. Esse cenário pressiona áreas como a previdência social e o sistema de saúde, que precisarão se adaptar às necessidades desse novo público, especialmente no que diz respeito aos cuidados preventivos e de longa duração. Como consequência, a reformulação do sistema de saúde e a criação de políticas voltadas à inclusão social e ao envelhecimento ativo tornam-se imprescindíveis para o futuro do país.

A RedeGeronto dedica-se ao desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades crescentes da população idosa. No documento elaborado especialmente para a Cúpula Social do G20, fomos a única instituição a apresentar uma série de sugestões para a reforma da governança global.

Nossa proposta visa enfrentar os desafios decorrentes da transformação demográfica atual, com foco no futuro populacional, o que exige sistemas de cuidado mais robustos e inclusivos, centrados na valorização dos idosos e na garantia de cuidados adequados, destacando a necessidade de ações integradas que garantam o envelhecimento ativo e a aprendizagem ao longo da vida. Essa iniciativa é crucial para promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável, atendendo às necessidades de uma população em envelhecimento e reforçando a importância de políticas públicas eficazes que considerem as características únicas desse grupo.

Para acessar o documento:  Impactos na Governança Global: Envelhecimento, Inclusão e Sustentabilidade.

Por: Alexandre Lemos (Jornalista especial para a Rede Geronto)

Assessoria de Imprensa da 2 em 1 Comunicação e Educação


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