- Rita de Cássia Oliveira – Universidade Estadual de Ponta Grossa
- Flávia Oliveira Alves da Silva – Universidade Estadual de Ponta Grossa
- Vera Lúcia Martiniak – Universidade Estadual de Ponta Grossa
RESUMO:
INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento populacional surgem demandas em diferentes aspectos como sociais, políticos, econômicos e educacionais, que necessitam de políticas públicas educacionais que ampliem e garantam o direito à educação e diminuam as desigualdades encontradas nas várias regiões do país. Mesmo diante da implementação de políticas educacionais para vários segmentos e modalidades, como também para a promoção da diversidade e inclusão, ainda há uma carência e uma lacuna de ações formativas que preparem seus indivíduos para atuarem em um contexto em que o crescimento da população idosa vem aumentando rapidamente. A pesquisa centrou-se na seguinte questão norteadora: quais os desafios para formulação e implementação de políticas educacionais direcionadas para a população idosa que garantam o direito à educação ao longo da vida? O referencial teórico adotado foi subsidiado por autores que discutem o envelhecimento como Oliveira (1999, 2013); na educação permanente enfatizada por Gadotti (2005) e Freire (1967).
OBJETIVO: Analisar os desafios para a formulação e implementação de políticas educacionais para a população idosa.
MÉTODO: A pesquisa, bibliográfica e documental, foi utilizada como instrumento para apreciação do conteúdo, no sentido de identificar os desafios para formulação de políticas educacionais, buscando maior compreensão do objeto estudado.
RESULTADOS: Os resultados encontrados permitiram inferir que a situação educacional das pessoas idosas e dos serviços oferecidos ainda estão longe de garantir as especificidades e necessidades tão característicos deste segmento. Essas fragilidades demonstram que a demanda é grande e é necessário investir no processo educacional das pessoas idosas criando espaços educacionais que venham diminuir as necessidades desta faixa etária. Importante investir na formação de profissionais qualificados e no investimento de pesquisas e estudos na área da Gerontologia e da Geriatria. A formulação de políticas educacionais para a pessoa idosa deve abranger desde o processo de escolarização até a formação de profissionais para atendimento das especificidades deste público. Inserir disciplina sobre envelhecimento e velhice em todos os currículos dos cursos superiores como uma estratégia de promoção da superação de preconceitos referentes a esta faixa etária e desenvolver uma maior inclusão e participação social da pessoa idosa.
CONCLUSÃO: As políticas educacionais para a pessoa idosa dependem da vontade política, da movimentação de pessoas voltadas para a causa das pessoas idosas e dos próprios idosos, que deverão buscar o cumprimento do que prevê o Estatuto da Pessoa idosa e da própria Constituição do Brasil que consideram a educação como um direito inalienável do ser humano, independentemente da idade. O idoso ainda sofre inúmeros preconceitos que estão cristalizados socialmente, entretanto para superá-los torna-se relevante o reconhecimento do papel da pessoa idosa na construção da nossa sociedade, da valorização e do respeito aos direitos que possuem. Ampliação da verba destinada à educação, melhor remuneração aos profissionais da educação e continuidade nas políticas educacionais sendo consideradas como políticas de Estado e não de Governo.
DESCRITORES: Políticas educacionais. Pessoa Idosa. Direito à educação.