- Paulo Celso Pardi – Centro Universitário de Excelência Eniac
RESUMO:
INTRODUÇÃO: As doenças neurodegenerativas são um grupo de condições que afetam o sistema nervoso, causando a morte progressiva dos neurônios e a perda gradual de funções neurológicas. Embora não haja cura para essas doenças, é importante compreender como elas podem impactar a sexualidade dos indivíduos afetados. As doenças neurodegenerativas podem afetar a sexualidade de diversas maneiras, dependendo da condição específica e da área do sistema nervoso afetada. Alguns dos principais impactos incluem: Alterações na função sexual, como diminuição do desejo, disfunção erétil ou dificuldade em atingir o orgasmo, Mudanças na imagem corporal e autoestima devido às limitações físicas ou cognitivas; Dificuldade em se comunicar sobre questões sexuais com o parceiro ou profissionais de saúde.
OBJETIVO: Para lidar com os desafios relacionados à sexualidade, é essencial que os indivíduos com doenças neurodegenerativas e seus parceiros se comuniquem abertamente sobre suas preocupações e desejos. Profissionais de saúde também desempenham um papel importante, fornecendo informações precisas e apoio emocional e a busca destas alterações que é o objetivo deste trabalho. Avaliar o impacto destas alterações nos quadros demências.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa, com o uso das palavras chaves “sexualidade”, “atividade sexual” e doenças neurodegenerativas nas bases de dados Scielo, Pubmed e Science Direct nos idiomas :Ingles. Espanhol e Portuquês, no período de 2014 a 2024.
RESUTADOS: As pesquisas sobre a interseção entre sexualidade e doenças neurodegenerativas são um campo emergente, mas específico, dentro da literatura acadêmica. Embora os resultados da busca não forneçam um número exato de trabalhos existentes, é claro que o tema é abordado em diferentes contextos, especialmente no que diz respeito à sexualidade em idosos com condições como a Doença de Alzheimer. A sexualidade na terceira idade, particularmente entre aqueles com doenças neurodegenerativas, é frequentemente marcada por estigmas e preconceitos. A sociedade tende a marginalizar a sexualidade dos idosos, o que pode levar a uma repressão de suas expressões sexuais. Estudos indicam que, à medida que a demência avança, muitos idosos podem manifestar comportamentos sexuais que são considerados inadequados, refletindo uma mudança nas funções executivas devido à degeneração cerebral. Além disso, a literatura sugere que a comunicação sobre sexualidade entre pacientes, cuidadores e profissionais de saúde é crucial. A falta de diálogo pode resultar em uma compreensão inadequada das necessidades e desejos dos indivíduos afetados. A pesquisa nesse campo é vital para desenvolver abordagens que respeitem e atendam às necessidades sexuais e emocionais dos idosos com doenças neurodegenerativas.
CONCLUSÃO: As doenças neurodegenerativas podem ter um impacto significativo na sexualidade dos indivíduos afetados. Através da comunicação aberta, da aceitação, do apoio profissional e de pesquisas contínuas, é possível ajudar esses indivíduos a manter uma vida sexual satisfatória, apesar dos desafios impostos por suas condições de saúde.