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Impacto da Autoestima nas Atividades de Vida Diária de Idosas que Realizam Segmento na Atenção Básica de Saúde: um estudo transversal

  • Gabryel Silva Leite – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Amannda Gabrielle da Cruz Siva – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Cínthia Figueiredo Cordova da Costa – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Mariana Cecchi Salata – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Thais Gontijo Ribeiro – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos

RESUMO:

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um fenômeno intrínseco, ativo e progressivo que é acompanhado por várias alterações físicas e psicológicas que podem contribuir para consequências insatisfatórias, podendo influenciar em diversos aspectos, inclusive na autoestima (Tavares et al., 2016). A autoestima é a representação pessoal dos sentimentos gerais e comuns de autovalor, podendo ser uma orientação positiva ou negativa em relação a si mesmo (HUTZ E ZANON, 2011). Além disso, é considerada um importante indicador de saúde mental, portanto necessita-se de estratégias que favoreçam seu incremento na saúde do idoso para que haja também a prevenção de distúrbios mentais (Ribeiro et al., 2017). Existem alguns fatores intrínsecos ao envelhecimento que influenciam negativamente a autoestima, tais como a cessação do trabalho, perdas significativas de papéis sociais, limitações fisiológicas, alterações físicas e/ou perda de funcionalidade (Tavares et al., 2016). As atividades de vida diárias (AVDS) são as tarefas que uma pessoa precisa realizar para cuidar de si, como tomar banho, se vestir, ir ao banheiro, andar, comer, passar da cama para a cadeira, mover-se na cama, ter continências urinária e fecal, etc (Souza Júnior et al., 2021). Na população idosa o as habilidades para realização de AVDS podem apresentar-se de forma bastante diversificada, advindos dos hábitos de vida e fatores de risco (Costa et al., 2006). 

OBJETIVO: Verificar o nível de autoestima e funcionalidade de idosas atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). 

MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal, no período de Agosto de 2023. Foram incluídas mulheres acima de 60 anos que praticam exercício físico na UBS uma vez na semana e que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídas mulheres que se recusaram a participar da pesquisa. O instrumento utilizado para avaliar o nível de autoestima foi o Rosenberg Self-Esteem (RSS) e para avaliação da funcionalidade a Brody Instrumental Activities os Daily Living Scale (IADL), ambos traduzidos e validados para a população Brasileira. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e Ciências da Saúde – FEPECS (CAAE: 70329223.0.000.5553). 

RESULTADOS: Foram incluídas 9 idosas, com idade média de 68,3 anos (DP: 7,77), a maioria era aposentada (N=5) com renda mensal de 1 a 3 salários mínimos (N=6). Em relação aos fatores de risco, 8 eram hipertensas, 7 eram diabéticas, 4 dislipidemicas, 1 obesa, nenhuma etilista e 1 tabagista há 30 anos. Como fator de proteção, todas relataram praticar atividade física 1x na semana, na própria UBS. A escala de Rosemberg demonstrou uma média de 36,11 (DP: 2,66) demonstrando uma boa autoestima em geral. Quanto às atividades de vida diária (AVD), a maioria era independente, uma dependente grave e uma dependente moderada. No presente estudo foi possível verificar que a maioria das idosas apresentam uma boa autoestima e um bom nível de funcionalidade para realização das AVDS. Estudos demonstram que idosos com boa independência funcional tendem a ter uma melhor qualidade de vida, boa saúde física e mental (Vilela et al., 2006). 

CONCLUSÃO: A maioria das idosas que realizam segmento em uma UBS apresentavam fatores de risco associados, apresentaram independência em suas AVD e tinham a autoestima considerada boa. A principal limitação deste estudo é o baixo número amostral, o que faz com que os resultados encontrados aqui sejam preliminares e necessários de ampliação e atualização a fim de haver consenso sobre os achados. 

REFERÊNCIAS: 

HUTZ, C. S.; ZANON, C. Revisão da adaptação, validação e normatização da escala de autoestima de Rosenberg: Revision of the adaptation, validation, and normatization of the Roserberg self-esteem scale. Avaliação Psicológica, v. 10, n. 1, p. 41–49, 1 abr. 2011. 

RIBEIRO, V. D. S. et al. Qualidade de vida e depressão em domicílios no contexto doméstico. Enfermería actual en Costa Rica, n. 34, 31 dez. 2017. 

SOUZA JÚNIOR, E. V. DE et al. Is self-esteem associated with the elderly person’s quality of life? Revista Brasileira de Enfermagem, v. 75, n. suppl 4, 2022. 

TAVARES, D. M. D. S. et al. Quality of life and self-esteem among the elderly in the community. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 11, p. 3557–3564, 1 nov. 2016.

 


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