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Relação Entre o Medo de Cair e a Dor Crônica em Pessoas Idosas Atendidas na Atenção Primária em Saúde

  • ABDELMUR, S. B. M – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde.
  • DINIZ, Y. L – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Curso de Enfermagem
  • LEITE, M. M – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde.
  • MELO, P. L – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde.
  • SILVA, A. O – Centro Universitário de Brasília (CEUB), Curso de Educação Física
  • FUNGHETTO, S. S – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde.
  • LIMA, L. R – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Curso de Enfermagem
  • STIVAL, M. M – Universidade de Brasília (UnB/FCE), Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde.

RESUMO:

INTRODUÇÃO: A população idosa mundial tem aumentado significativamente nas últimas décadas devido aos avanços na medicina e melhorias nas condições de vida da população (WHO, 2020). No entanto, o envelhecimento traz consigo uma série de desafios para a saúde pública, entre os quais a dor crônica se destaca como um problema prevalente e debilitante. O medo de cair tambem é uma preocupação significativa entre as pessoas idosas (mesmo entre aquelas que não experenciaram quedas anteriores) e pode levar essa população a reduzir a realização de atividades físicas, assim como induzir um isolamento social e aumentar a fragilidade (PENA et al., 2019). Sendo assim, estudos demonstraram que o medo de cair está intimamente ligado a eventos de quedas anteriores e à percepção da própria vulnerabilidade, sendo exacerbado pela presença de dor crônica (MACKAY et al., 2021; RIVASI et al., 2020). OBJETIVO: Avaliar a relação entre o medo de cair e a dor crônica em pessoas idosas atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Ceilândia, Distrito Federal. MÉTODO: Participaram deste estudo transversal 128 pessoas idosas, sendo a maioria do sexo feminino (n=82; 64,1%) e com idade predominante entre 60 a 69 anos (n=83; 64,8%). Foram incluídas pessoas com 60 anos ou mais, de ambos os gêneros, que não apresentavam déficit cognitivo, avaliado pelo Mini-Exame do Estado Mental (MEEN). A coleta de dados foi dividida em duas etapas: a primeira consistiu na aplicação de um questionário estruturado para coletar informações sociodemográficas e clínicas, e a segunda envolveu a avaliação do medo de cair por meio da Fall Efficacy Scale – International (FES-I). A dor foi avaliada quanto à localização, temporalidade e intensidade, utilizando a Escala Numérica Visual (ENV). RESULTADOS: O medo de cair foi verificado em 55,2% das pessoas idosas. Houve uma correlação positiva com a escala de FES-I e episódios de quedas (p=0008). Na avaliação da dor, 79,7% referiram sentir dor, com prevalência de 66,4% de dor crônica. O principal local de dor foi a coluna (27,3%), seguida de MMSS (26,6%). Quanto a intensidade de dor, 39,1% queixaram dor moderada e 28,9% dor intensa. Aqueles com dor (p=0,003) e dor crônica (p=0,004) apresentaram maiores valores na escala de FES- I. Pessoas idosas com dor na região cefálica (p=0,024) e com dor intensa (p<0,001) obtiveram maiores escores de FES-I. A análise de correlação entre intensidade de dor e escores de FES-I demonstrou que quanto maior a intensidade da dor, maior será o escore, ou seja, mais medo de cair a pessoa idosa apresenta (s = 0,481; p < 0,001). CONCLUSÃO: O estudo evidenciou uma relação significativa entre o medo de cair e a dor crônica em pessoas idosas, sugerindo que o medo de quedas pode limitar a mobilidade e a realização de atividades diárias, contribuindo para um ciclo de inatividade e piora da saúde física. Recomenda-se que futuras pesquisas explorem mais essa temática considerando intervenções que possam mitigar o medo de cair e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas. A atuação de profissionais de saúde de forma multidisciplinar na atenção primária, é crucial para desenvolver estratégias que abordem essas questões. DESCRITORES: Envelhecimento. Medo de Cair. Força Muscular. Atenção Primária em Saúde. REFERÊNCIAS: 1. WHO. World Health Organization. Ageing and health. 2020. 2. MACKAY, S. et al. Fear of falling in older adults: a review. Journal of GeriPENA, A. et al. Medo de cair entre idosos: um estudo epidemiológico. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2019. 3. atric Research, 2021. 4. RIVASI, G. et al. Chronic pain and fear of falling in elderly. Pain Research and Management, 2020.


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