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Gestão de Demências: modelo organizacional na realidade de Modena

  • Minozzi Rita

RESUMO:

INTRODUÇÃO: A demência é uma das condições médicas mais desafiadoras no contexto do envelhecimento populacional, afetando milhões de pessoas e suas famílias em todo o mundo. Ela exige uma abordagem abrangente que combine prevenção, diagnóstico precoce e intervenções terapêuticas personalizadas. Modena se destaca como um exemplo de organização eficaz, utilizando um modelo baseado em diretrizes nacionais para atender às necessidades crescentes dessa população. A demência afeta um crescente número de pessoas em todo o mundo, sendo necessárias intervenções que integrem prevenção, diagnóstico e tratamento. Em Modena, o modelo implementado pelos Centros para Distúrbios Cognitivos e Demências (CDCD) segue as diretrizes do Plano Nacional de Demências, priorizando uma abordagem multiprofissional e personalizada. O modelo dos Centros para Distúrbios Cognitivos e Demências (CDCD) não apenas centraliza o atendimento especializado, mas também promove integração comunitária e educação, com foco em resultados sustentáveis e humanizados. Este estudo analisa a estrutura e os principais resultados do modelo em operação. 

METODOLOGIA: O modelo de gestão de demências em Modena inclui: Estrutura organizacional – 10 CDCD (7 distritais e 3 hospitalares), 5 centros diurnos, e 5 associações de familiares em rede; Atendimento multidisciplinar – Participação de médicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e outros profissionais; Acesso ao serviço – Encaminhamento por médicos de família, com avaliação multidimensional e contato direto para agendamentos; Serviços complementares – Apoio domiciliar, intervenções individuais, e iniciativas de sensibilização para a comunidade.
Os dados utilizados foram extraídos de relatórios e publicações do sistema local de saúde. 

RESULTADOS: Atualmente, cerca de 15 mil pacientes estão sob cuidado dos CDCD, representando 22% da população acima de 65 anos em Modena. O modelo alcançou:
Diagnósticos precisos: Uso de avaliações multidimensionais para identificar condições cognitivas e psico-sociais. Prevenção ampliada: Eventos de sensibilização e educação para a comunidade, promovendo maior consciência sobre a demência. 

INTEGRAÇÃO SOCIAL: Colaboração com associações de familiares e criação de espaços inclusivos, como “Dementia Friendly Communities“. 

DISCUSSÃO: O modelo de Modena é um exemplo de abordagem integrada, que busca equilibrar a excelência clínica com o cuidado centrado no paciente. A integração entre equipes multiprofissionais e redes de suporte comunitário tem mostrado resultados positivos em diagnósticos precoces e melhoria da qualidade de vida. A inclusão das “Dementia Friendly Communities” é um diferencial que promove maior engajamento social e reduz o estigma associado à demência. O modelo de Modena destaca-se por sua abordagem holística, que combina prevenção, diagnóstico precoce e cuidado personalizado. A integração entre diferentes serviços e a participação ativa da comunidade fortalecem a rede de apoio, promovendo maior qualidade de vida aos pacientes. No entanto, desafios permanecem, como a necessidade de ampliar a formação profissional e garantir recursos suficientes para atender à crescente demanda. Porém, ainda existem desafios importantes, como garantir formação continuada para profissionais e ampliar a infraestrutura para atender à crescente demanda. Esses aspectos são cruciais para a sustentabilidade do modelo e sua capacidade de adaptação a outras regiões. 

PERSPECTIVAS FUTURAS: Investimentos em educação continuada para profissionais, expansão das “Dementia Friendly Communities” e uso de novas tecnologias para suporte ao paciente são propostas para aprimorar o modelo existente. 

CONCLUSÃO: O modelo organizacional dos CDCD de Modena demonstra que é possível integrar prevenção, diagnóstico e cuidado de forma eficiente e humanizada. Sua abordagem holística não apenas melhora os resultados clínicos, mas também fortalece as redes de suporte comunitário. A replicabilidade desse modelo em outras localidades poderia beneficiar significativamente populações vulneráveis ao declínio cognitivo, contribuindo para uma sociedade mais preparada para lidar com os desafios do envelhecimento.



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