Velhice? Não guarde apenas dinheiro. Guarde músculo! Mais do que um conselho, uma incontestável verdade para um futuro autônomo e saudável. Afinal, se a perda de dinheiro pode ser eventual, a de músculo é uma certeza.
Estudo de cientistas da Stanford Medicine, da Universidade da Califórnia (EUA), sugere que o corpo humano passa por dois picos relevantes de mudanças – por volta dos 44 anos e aos 60 anos. Segundo a pesquisa, a perda de massa muscular começa aos 30 anos e se intensifica a partir dos 50 anos, com redução de 0,5% a 2%. Já entre os 70 e 80 anos, esse percentual chega a 8%.
Essa diminuição, chamada de sarcopenia, afeta a força e a capacidade do idoso em manter a independência, impactando diretamente a qualidade de vida, uma vez que afeta a capacidade de realizar atividades diárias. Ademais, a perda muscular impacta a saúde financeira do idoso, com gastos em remédios e tratamentos, como fisioterapia.
Em 2023, estudo feito por pesquisadores das universidades Federal de São Paulo (Unifesp) e de São Paulo, publicado na revista Frontiers in Neuroscience, revelou que a prática de exercícios físicos resistidos é capaz de prevenir ou ao menos atrasar o aparecimento de sintomas da doença de Alzheimer. Outras enfermidades também podem ser evitadas, como diabetes tipo 2, osteoporose e problemas cardíacas, uma vez que exercícios físicos ajudam a bombear sangue para os músculos e tornam os ossos e tendões mais densos, fortalecendo-os.
Investir em exercícios físicos, manter a força e massa musculares e cuidar da saúde mental são essenciais para retardar o envelhecimento, minimizando assim os impactos negativos na saúde. E sempre é tempo para deixar o sedentarismo.
Nessa atenção à pessoa idosa, a Rede Geronto desdobra-se em contribuir para um envelhecimento ativo e saudável, com recomendações para driblar as progressivas limitações que se avizinham. Afinal, redescobrir possibilidades é nossa missão.