As alterações no padrão de sono são comuns na velhice, influenciadas por mudanças na rotina diária e transformações fisiológicas naturais do envelhecimento. A diminuição das atividades externas e a falta de horários fixos para refeições e compromissos podem desregular o ciclo sono-vigília dos idosos. Além disso, a tendência a dormir e acordar mais cedo, fragmentação do sono e cochilos diurnos frequentes são características dessa fase da vida, muitas vezes associadas à redução na produção de melatonina.
Noites mal dormidas podem intensificar a atividade do sistema nervoso simpático, elevando os riscos de hipertensão, arritmias e infarto. A privação de sono também compromete o funcionamento do sistema glinfático, responsável por eliminar proteínas associadas a doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
Para melhorar a qualidade do sono na terceira idade, especialistas recomendam:
- Manter horários regulares para dormir e acordar, inclusive nos finais de semana, para estabilizar o ritmo circadiano.
- Evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir, pois a luz emitida pode interferir na produção de melatonina.
- Revisar medicações em uso, já que algumas podem afetar o sono ou aumentar o risco de apneia.
- Praticar atividades físicas regularmente, como exercícios de resistência, que têm demonstrado eficácia no combate à insônia em idosos.
Adotar essas medidas pode contribuir significativamente para a melhoria do sono e, consequentemente, para a saúde geral dos idosos.
Fonte: CNN BRASIL