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Depressão em idosos na Atenção Primária: estudo brasileiro é destaque na Imersão Itália 2025

A relação entre envelhecimento e depressão tem sido amplamente discutida no cenário científico, e um estudo brasileiro trouxe novas evidências sobre esse tema durante a Imersão Itália 2025, evento promovido pela Rede Geronto. O trabalho, intitulado “Depressão e Fatores Associados em Pessoas Idosas na Atenção Primária em Saúde”, foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do Distrito Federal e revelou dados preocupantes sobre a prevalência e os fatores de risco associados à depressão em idosos.

O estudo, conduzido por Mateus Medeiros Leite, Henrique Melo Morais, Samuel Barbosa Mezavila Abdelmur, Alessandro de Oliveira Silva, Silvana Schwerz Funghetto, Luciano Ramos de Lima e Marina Morato Stival, teve como objetivo analisar a prevalência da depressão em idosos e sua relação com fatores como composição corporal e níveis de força muscular.

A pesquisa foi realizada com 70 idosos, atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Federal. Os dados foram coletados por meio de questionários, medições antropométricas, avaliação de composição corporal por Bioimpedância Elétrica (Inbody® 570) e mensuração da força muscular por meio da Força de Preensão Manual (FPM).

Os resultados apontaram que 50% dos idosos avaliados apresentavam sintomas depressivos moderados a graves, sendo que aqueles com baixos níveis de atividade física tinham maior propensão a desenvolver depressão.

Os pesquisadores também identificaram uma correlação positiva entre altos índices de massa de gordura (MG) e razão cintura/quadril (RCQ) com sintomas depressivos, além de uma correlação negativa com a força de preensão manual relativa (FPMR). Isso sugere que a diminuição da mobilidade e a piora da condição física podem estar diretamente ligadas ao agravamento dos sintomas depressivos em idosos.

A apresentação do estudo na Imersão Itália 2025 reforça a importância de se investir em estratégias de prevenção e tratamento da depressão na terceira idade, especialmente na atenção primária à saúde. Os autores destacam a necessidade de políticas públicas que incentivem a atividade física regular entre os idosos e promovam um acompanhamento mais eficaz para a saúde mental dessa população.

O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com apoio da Universidade de Brasília (UnB). Sem conflitos de interesse declarados, a pesquisa representa um marco importante para compreender e combater a depressão em idosos, garantindo uma melhor qualidade de vida para essa população em crescimento.

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