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Estudo analisa Panorama Epidemiológico da Demência no Brasil

O panorama epidemiológico da Demência no Brasil foi objeto de estudo de treze pesquisadores do Distrito Federal, que participaram da Imersão Itália 2025, promovido pela Rede Geronto. Os dados, colhidos à luz dos impactos e perspectivas para o envelhecimento saudável, analisou fontes oficiais, como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Relatório Nacional sobre Demências no Brasil (Renade), além de projeções populacionais e custos econômicos diretos e indiretos associados à demência.

Segundo o estudo, os custos médios mensais, por pessoa com demência, aumentam progressivamente com a evolução da doença, que afeta cerca de 1,8 milhão de brasileiros, impactando o Sistema Único de Saúde (SUS). Referência mundial, o SUS cobre mais de 90% dos custos assistenciais nos estágios iniciais e moderados. De acordo com o levantamento, em 2019, os gastos anuais foram estimados em R$ 87,3 bilhões. As projeções, no entanto, é de que esse montante chegue a cerca de R$ 200 bilhões até 2050.

Ao debruçarem sobre o panorama da demência no Brasil, além de questões econômicas, os pesquisadores apontaram desafios estruturais. Segundo uma dos autores do estudo, a docente do Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde, da Universidade de Brasília, Silvana Funghetto, a análise descritiva-analítica permite a compreensão desse cenário preocupante, uma vez que o envelhecimento populacional no país tem elevado a prevalência de doenças neurodegenerativas. “O alto custo do tratamento pede estratégias multidisciplinares, que envolvam prevenção, diagnóstico precoce e suporte assistencial. Assim, os investimentos em políticas públicas de saúde são fundamentais para reduzir o impacto socioeconômico da condição e melhorar a qualidade de vida dos idosos”, afirma.

Silvana Funghetto ressalta ainda que a implementação dessas iniciativas não pode esperar. “A demência afeta aproximadamente quase dois milhões de brasileiros, sendo a Doença de Alzheimer a forma mais prevalente. A expectativa é de que o envelhecimento populacional aumente esse número significativamente até 2050”, ponderou.

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