Destinos de tirar o fôlego e bagagem repleta de expectativas. Nem de longe a idade atrapalha os roteiros turístico de muitos idosos, que aproveitam a fase da vida para descobertas e realização de sonhos, há tempos, acalentados. A paixão por viajar tem movimentado o setor turístico, que aproveita o filão de um segmento que responde por cerca de 210 milhões de idosos no país, segundo o IBGE.
De acordo com o Ministério do Turismo, cerca de 18 milhões de idosos viajam, anualmente, no Brasil. São de duas a três viagens todos os anos, de acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav-Nacional).
Viajar pode ser uma experiência enriquecedora para 60+, com benefícios para a saúde mental e física. Estudo da Universidade de Pequim, publicada em 2021, aponta a diminuição em 36,6% do risco de morte daqueles que viajam. Os pesquisadores, que acompanharam 9.520 idosos, observaram ainda que a taxa bruta do risco de mortalidade, por todas as causas, foi 27% menor entre aqueles com pelo menos uma experiência de turismo.
Os passeios promovem o bem-estar e intensificam os estímulos sociais, culturais e cognitivos, desde o deslumbramento por lugares almejados e culinária à etapa anterior ao embarque, que requer programação e itinerário, estimulando o raciocínio, a memória e a busca por informações. Além disso, os roteiros compartilhados em família aumentam a sensação de pertencimento e fortalecem os laços afetivos.
Investir nessa poupança afetiva – seja em viagem em família ou em grupo de amigos – exige planejamento e cuidados, como protagonismo do idoso, que deve ser sujeito de escolha de destinos turístico, atenção à saúde (seguro, medicamentos diários e receitas à mão); documentação e vacinação em dia, além de transporte e acomodação adequados.
Boa viagem!
Confira, aqui, o estudo da Universidade de Pequim
https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12889-021-11099-8