Comemorado em 7 de maio, o Dia do Silêncio é mais do que uma data simbólica. É um convite à reflexão sobre os efeitos da poluição sonora em nossa saúde e qualidade de vida, especialmente quando falamos sobre envelhecimento saudável.
Vivemos cercados de sons: buzinas, sirenes, aparelhos eletrônicos, obras, música alta, entre tantos outros ruídos que, quando constantes, deixam de ser apenas incômodos passageiros e passam a representar uma verdadeira ameaça ao bem-estar.
À medida que envelhecemos, nosso corpo se torna mais sensível a estímulos externos — e o excesso de ruído pode afetar diretamente a saúde das pessoas idosas. Entre os principais impactos, destacam-se o aumento do estresse e da ansiedade, distúrbios do sono, problemas cardiovasculares, dificuldade de concentração e memória, além da queda de audição, que pode ser agravada pela exposição contínua ao barulho. Esses fatores interferem diretamente na qualidade de vida, podendo acelerar o declínio cognitivo e funcional, além de comprometer a autonomia da pessoa idosa.
O silêncio, muitas vezes negligenciado no cotidiano, pode ser um instrumento poderoso de autocuidado. Ambientes mais silenciosos favorecem a meditação, o descanso, a atenção plena e a escuta ativa — práticas cada vez mais valorizadas nos cuidados com a saúde integral da população idosa. Instituições de longa permanência, centros de convivência e mesmo os ambientes domésticos podem adotar boas práticas de redução de ruído, como o uso de materiais acústicos, redução de volumes em aparelhos eletrônicos, rotina.
Neste Dia do Silêncio, a Rede Geronto convida você a refletir: como o barulho tem afetado a sua vida — e a das pessoas idosas ao seu redor? Que tal reservar alguns minutos do seu dia para simplesmente ouvir o silêncio? Cuidar da saúde auditiva e do equilíbrio sonoro ao longo da vida é também uma forma de promover um envelhecimento ativo, saudável e com mais qualidade.
Por, Juliana Mucury – Rede Geronto