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Perigos da automedicação

Basta uma dor, um incômodo e, pronto! Um medicamento é consumido sem qualquer preocupação, seja por iniciativa própria, indicação de familiares e amigos ou uma rápida busca na internet. Sem prescrição médica, a administração inadvertida é problema de saúde pública. A automedicação e assistência farmacêutica no país foram debatidos, pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, que contou dentre outros convidados, o coordenador-geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos, Luiz Henrique Costa; o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Fábio Basílio, e o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, Sérgio Mena Barreto.

O colegiado também debateu o tema, com foco na importância desses profissionais e de sua presença nas farmácias espalhadas pelo país. Na justificativa para a realização da audiência pública, a autora da iniciativa, deputada Alice Portugal (PC do B/BA), ressalta a importância da atenção farmacêutica, que consiste em um conjunto de práticas voltadas à orientação do paciente quanto ao uso correto de medicamentos.

Segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 76,4% dos brasileiros são adeptos da automedicação. Já a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) joga luz ao problema, com números estarrecedores: 20 mil pessoas morrem todos os anos, pelo consumo indevido de medicamentos. O levantamento não pontua o número de idosos que se automedica, mas o perigo é factual, graças a situações decorrentes da idade, como comorbidades e riscos de interação medicamentosa, devido ao uso dos remédios de uso diário e outros não prescritos.

A Diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto alerta para a facilidade de acesso aos remédios. “Nas farmácias, antitérmicos, antigripais e aquele coringa para dor de cabeça, estão ao alcance do consumidor sem que a prescrição seja exigida. As fragilidades decorrentes do avanço dos anos e as comorbidades tornam os idosos mais vulneráveis. O debate vem em boa hora, uma vez que o Brasil tem envelhecido a passos largos e o problema está posto”, afirma.

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