Por ocasião do Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado em 24 de junho, especialistas reforçam a importância de ações contínuas para evitar acidentes entre pessoas idosas — uma das principais causas de internação e perda de autonomia nessa faixa etária.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez ao ano, sendo que entre os maiores de 80 anos, esse número sobe para 50%. As quedas são responsáveis por quase metade das internações por causas externas entre pessoas com 60 anos ou mais, segundo informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A fisioterapeuta Daiana Nascimento, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh), alerta que a prevenção passa tanto pela adaptação do ambiente doméstico quanto por intervenções clínicas. “Retirar tapetes soltos, instalar barras de apoio e manter boa iluminação nos cômodos já fazem grande diferença. Mas também é essencial acompanhar o uso de medicamentos e manter atividades que promovam força e equilíbrio”, explica.
Do ponto de vista clínico, a fragilidade muscular, alterações de visão e audição, uso de múltiplas medicações e a presença de doenças como osteoporose e demência elevam o risco de quedas. Por isso, a abordagem preventiva deve ser interdisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e familiares.
Programas de reabilitação, como os desenvolvidos pela Rede Ebserh em hospitais universitários federais, têm sido fundamentais para promover a autonomia e reduzir o risco de quedas. Além disso, a orientação da população idosa e de seus cuidadores é um passo essencial para tornar o envelhecimento mais seguro e saudável.
Prevenir quedas é mais do que evitar fraturas: é preservar a dignidade, a independência e a qualidade de vida dos idosos.
Fonte: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em matéria publicada no portal gov.br em 24 de junho de 2024.