Lidar com um parente com demência ou Alzheimer pode ser exaustivo física e emocionalmente. O familiar que cuida de um idoso nessa situação deve reconhecer seus próprios limites e aprender a delegar tarefas ou pedir ajuda. Do contrário, as chances de mais um enfermo na casa aumentarão consideravelmente.
Pesquisa da farmacêutica Merck apontou que a maioria das pessoas que cuidam de um familiar doente declarou se sentir cansado na maior parte do tempo e boa parte disse não ter espaço na agenda para marcar ou comparecer às próprias consultas médicas. Outra pesquisa, desta vez feita com mães norte-americanas de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, mostrou que o nível de estresse vivido por elas se assemelha ao de soldados em combate.
Segundo a diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto, a invisibilidade e desvalorização da atividade dos cuidadores agravam a situação, principalmente, entre as mulheres. “A regulamentação da Política Nacional de Cuidados deverá enfrentar esses gargalos, com medidas práticas e atenção à saúde mental de quem cuida. O autocuidado não pode ser relativizado e o apoio a essas pessoas é também um investimento que não pode ser relegado pela saúde pública e pelo olhar atento da própria família”, afirma.
Você cuida de um familiar com demência ou Alzheimer? Procure apoio para lidar com os desafios do cuidado.