Pioneira em pesquisas, estudos e trabalhos sobre o envelhecimento humano, a diretora-geral da Rede Geronto, Suzana Funghetto, integrou a mesa de debates, na tarde desta terça-feira, do II Congresso Internacional de Tecnologia e Inovação em Gerontologia (CITIG) e o III Seminário Internacional de Inovação e Longevidade, que ocorre em São Paulo. O evento integrado e em formato híbrido é uma iniciativa da Universidade do Envelhecer (UniSER), em parceria com a Rede Geronto e outras instituições de ensino e pesquisa do Brasil, Itália, Chile e México.
Segundo a mestre em Educação e doutora em Tecnologias da Saúde, a escuta sensível é a estratégia que não pode ser esquecida na promoção da longevidade. Na avaliação de Suzana Funghetto, para entender o processo do envelhecimento é essencial conhecer os cabelos grisalhos, em toda sua essência. “O fenômeno mundial do envelhecimento deve entender a velhice pela velhice, pois, ela é diferente para quem tem 60, 70, 80, 90 ou 100 anos, uma vez que cada fase da vida guarda suas nuances. A academia precisa compreender essas particularidades para que o debate e elaboração de políticas públicas sejam eficazes”, afirmou.
Suzana Funghetto ponderou que o Brasil conta apenas com mil e 800 geriatras, uma realidade tímida para um país continental que conta com desafios populacionais e sociais. “Todas as áreas do conhecimento são importantes e é preciso compreender o fenômeno do conhecimento e essa globalidade que pregamos na academia deve ter papel central, pois, não raro, o que é óbvio para o idoso, não é necessariamente óbvio para a academia. Trazer essa sensibilidade faz a diferença”, repisou.
A diretora da Rede Geronto ressaltou o trabalho da instituição e das parcerias que levam à diante a missão de revolucionar o campo da gerontologia pela promoção de estudos e pesquisas que abordam os desafios do envelhecimento, de forma integrada e colaborativa. Ela ressaltou o papel da rede na consolidação do acesso dos 60+ ao ensino superior, com a criação, neste ano, em Aracaju (SE), da primeira faculdade focada em pessoas com mais de 60 anos. “Estamos com a IMEI Academy, primeira instituição do país destinada ao saber sênior. Criamos uma metodologia ativa e de aprendizagem diferenciada para contemplar esse segmento, ouvindo, entendendo e atendendo suas demandas”, comemorou.
Ainda segundo Suzana Funghetto, a busca do conhecimento em rede promove o envelhecimento ativo e saudável, longe de estereótipos da idade e centrada no entendimento da essência do processo de viver em toda sua plenitude.