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Rede Geronto e Convita impulsionam cooperação internacional voltada ao envelhecimento saudável

Em mais uma iniciativa de cooperação internacional, a Rede Geronto e o Convita receberam renomados profissionais da Itália, Chile e Brasil para troca de experiências em Geriatria e Gerontologia. O evento contou com as presenças do Diretor do Programa de Demência da Azienda Sanitaria Locale de Modena (Itália), Andrea Fabbo; da médica geriatra da ASL Modena (Itália), Marina Turci; da pesquisadora da Università degli Studi di Parma (Itália), Maria Augusta Nicoli; da diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto, e do gerente institucional do Convita, Diego Felix.

As práticas de cuidado integral e humanizado para a pessoa idosa e a troca de tecnologias sócias, referências nesses países, pautaram o encontro. As discussões possibilitaram o compartilhamento de experiências voltadas a soluções humanizadas, sustentáveis e potencialmente replicáveis aos diferentes contextos dos países representados no evento.

Segundo Andrea Fabbo, um apaixonado pelo cuidado integral dos 60+, o envelhecimento é um fenômeno global, mas com particularidades regionais. “Estar no Convita nos permite aprender com as experiências brasileiras e, ao mesmo tempo, compartilhar os avanços que temos construído na Itália em cuidados sociossanitários, especialmente no campo da demência. Essa troca nos enriquece mutuamente”, afirmou.

Para a médica geriatra Marina Turci, o encontro foi enriquecedor e as trocas de experiências contribuem para o avanço das ações de cuidado. “A integração entre saúde, comunidade e tecnologias sociais é essencial para apoiar uma longevidade ativa. Aqui no Convita vemos um exemplo vivo de como acolhimento e inovação podem caminhar juntos para promover bem-estar”, disse.

As experiências chilenas, trazidas por Carlos Guida, apontaram para a necessidade de iniciativas urgentes do cenário atual daquele país e preparação do sistema de saúde voltado às gerações que chegam à velhice. “O Chile vive hoje um envelhecimento acelerado e desigual, principalmente nas zonas rurais. Compartilhar esse cenário e dialogar com iniciativas como o Convita é uma oportunidade de construir soluções conjuntas para desafios que são comuns em toda a América Latina.”

O encontro também foi exaltado por Maria Augusta Nicole, da Rede Unida Internacional (Itália). Segundo ela, o compartilhamento de experiências possibilita a adoção de práticas inovadas e participativas voltadas ao cuidado e bem-estar do idoso. “As redes de cooperação internacional são fundamentais para difundir tecnologias sociais que impactem positivamente a vida das pessoas idosas. Este encontro reafirma que só avançaremos se trabalharmos de forma colaborativa, respeitando as culturas e realidades locais.”

Exultante com mais um encontro exitoso, a diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto, afirmou que o evento foi inspirador e abriu mais um canal de diálogo intercultural essencial para o fortalecimento de iniciativas que possibilitem o envelhecimento saudável. “A Rede Geronto acredita no poder da escuta, da empatia e da cooperação internacional. Este encontro no Convita reforça nosso compromisso em construir pontes entre países e em transformar o envelhecimento em uma experiência de dignidade, inclusão e inovação.”

Já para o gerente institucional do Convita, Diego Felix, a reunião representou um marco relevante no fortalecimento das ações da instituição, que nasceu como um centro de convivência de imigrantes italianos e, cujo acolhimento impacta a vida de nonos e nonas, resgatando o bem-estar nessa fase da vida. “O Convita nasceu com o propósito de acolher a comunidade italiana em São Paulo e, ao longo do tempo, ampliou sua missão para ser um espaço de vida, afeto e cuidado. Receber profissionais tão renomados reforça nosso papel como centro de convivência comprometido com uma longevidade saudável e plena”, celebrou.

Envelhecimento populacional: norte da Itália e Chile

Norte da Itália
Um a cada habitante da Itália, tem 65 anos ou mais, elevando o país como o mais envelhecido da União Europeia (cerca de 24% da população). Já na região norte do país esse percentual chega a 46%. Os números levam a Itália a investimentos contínuos, focados na integração entre saúde e assistência social. A chamada geriatria territorial é referência no cuidado centrado em equipes multiprofissionais – tratamento de doenças, prevenção, reabilitação e suporte emocional e social, com atendimento próximo à comunidade e família.

Chile
Considerado o melhor país sul-americano em qualidade dos serviços de saúde pela revista britânica The Lancet, o Chile investe em prevenção precoce, diagnóstico de doenças associais à idade e rede de apoio – 88% da população grisalha usam os serviços público do país e o cuidado chega mesmo antes deles chegarem à velhice. O Chile destaca-se por um envelhecimento populacional acelerado principalmente, nas zonas rurais. Segundo o Censo de 2024, 14% da população tem 65 anos ou mais. O Chile enfrenta graves problemas no sistema previdenciário.

Brasil
País continental, o Brasil abriga uma população de 60+ de 33 milhões de pessoas. No país, o cuidado aos idosos está inserido no Sistema Único de Saúde (SUS). A política nacional prevê ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, com destaque para a Estratégia de Saúde da Família, além de programas de vacinação nacional. No entanto, os gargalos no atendimento universal são preocupantes.

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