Nesta quinta (06/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a Cúpula do Clima, em Belém (PA). O evento antecede a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas (COP 30), marcada para a próxima segunda-feira (10/11), também na capital paraense.
A preocupação com o Planeta passa pela implementação de mecanismos para o financiamento climático. O Ministério da Saúde brasileiro e organizações nacionais e internacionais de pesquisa na área de saúde vão propor às lideranças globais um conjunto de diretrizes para gerir a saúde pública do planeta, levando em conta as mudanças climáticas. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, o Plano de Belém traduz o compromisso do Brasil com uma agenda de saúde climática justa, equitativa e baseada em evidências.
O documento proporá cerca de 60 iniciativas, que vão desde vigilância e monitoramento informados pelo clima; fortalecimento de capacidades e políticas baseadas em evidências; e inovação, produção e saúde digital. A Carta de Belém será divulgada ao final do encontro e alicerçada em evidências científicas e na realidade social.
A Rede Geronto acompanhará de perto os debates, que ocorrerão até o próximo dia 21. Segundo a diretora da instituição e doutora em Ciências e Tecnologias, Suzana Funghetto, é inegável que as mudanças climáticas – calor extremo, incêndios, secas e enchentes – saíram dos relatórios de governos e organismos internacionais e entraram no cotidiano, principalmente dos grupos mais vulneráveis, a exemplo dos idosos. “Essa realidade deve ser enfrentada com atenção redobrada e fundamentada numa coalisão mundial, compromissada em retirar do papel as ações em prol da qualidade de vida de toda sociedade”, afirmou.
