O Brasil lançou, durante a COP30, em Belém (PA), o primeiro plano de ação internacional em saúde, voltado exclusivamente à adaptação do setor às mudanças climáticas e que põem em riscos principalmente as populações mais vulneráveis. O cerne do plano é fortalecer a adaptação e a resiliência às mudanças do clima, por meio de sistemas integrados de vigilância e de monitoramento de riscos ligados à saúde, além da promoção de políticas públicas baseadas em evidências. A inovação e produção sustentável no setor também ganharam prioridade de gestão.
O Executivo Federal anunciou uma coalização de financiadores para investimentos imediatos de U$ 300 milhões para projetos que envolvam saúde e clima. Os recursos serão aplicados em soluções para calor extremo, poluição do ar e doenças infecciosas sensíveis ao clima. A rede de investimentos já reúne mais de 35 organizações filantrópicas de diversos países. Entre os financiadores estão: Bloomberg Philanthropies, Children’s Investment Fund Foundation, Gates Foundation, IKEA Foundation e The Rockefeller Foundation.
O governo brasileiro também apresentou à COP30, o AdaptaSUS – Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, desenvolvido com participação social, com o objetivo de dar suporte aos sistemas de saúde no país para os desafios atuais e futuros das mudanças climáticas. Nesse sentido, segundo a Diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto, a crise do clima se traduz em contratempos para a saúde, uma vez que impacta diretamente nos sistemas de cuidado dos países, especialmente quanto aos desafios do envelhecimento global ativo e saudável. “Reafirmamos o compromisso que passam pela reflexão e ação imediata, levando em conta adaptações dos sistemas de saúde que observem soluções inovadoras, transformadoras e empáticas à população idosa. Sem o olhar atento aos 60+, as mudanças climáticas certamente serão devastadoras, uma vez que eventos climáticos extremos exacerbam a vulnerabilidade, agravando complicações cardiovasculares e respiratórias, por exemplo, em particular nos grandes centros urbanos”, afirma.
Nesta sexta-feira (14/11), líderes de governos, empresas, sociedade civil e setor financeiro se reunirão para o debate sobre incremento da transição energética, industrial e financeira, unindo inovação e investimento pata transformação dos sistemas que movem a economia global. A Declaração de Belém sobre Industrialização Verde Global mobiliza parceiros para acelerar a indústria verde no mundo.
