Um novo estudo tem mostrado que exercitar a criatividade pode ser uma estratégia eficaz para retardar o envelhecimento cerebral, trazendo benefícios tanto cognitivos quanto emocionais. A pesquisa indica que atividades criativas — como escrever, pintar, participar de oficinas artísticas, inventar histórias ou mesmo resolver problemas de forma inovadora — estimulam regiões importantes do cérebro, favorecendo a manutenção da memória, da atenção e da capacidade de raciocínio ao longo dos anos.
Segundo os pesquisadores, quando uma pessoa se envolve em tarefas que exigem imaginação e exploração de novas ideias, ocorre uma ativação neural mais ampla, fortalecendo conexões e favorecendo a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de criar e reorganizar neurônios. Essas conexões preservadas ou renovadas têm papel essencial na prevenção de declínios cognitivos comuns no envelhecimento.
A prática constante de atividades criativas também contribui para a saúde mental. O estudo destaca que pessoas que mantêm hobbies artísticos costumam apresentar menor incidência de sintomas depressivos e ansiedade. Isso acontece porque a criatividade oferece um espaço de expressão, reduz o estresse e colabora para o bem-estar emocional, fatores que também impactam positivamente na saúde cerebral.
Os especialistas reforçam que a criatividade não está restrita às artes: cozinhar novas receitas, encontrar soluções diferentes para tarefas do cotidiano, aprender algo novo, contar histórias e até jogar com desafios cognitivos são maneiras eficazes de estimular o cérebro. O importante é manter-se ativo e curioso.
O estudo conclui que, quanto mais cedo e com mais frequência essas atividades forem incorporadas na rotina, maiores serão os efeitos protetores ao longo da vida. Para os pesquisadores, promover ambientes que estimulem a criatividade — seja em casa, na escola ou em espaços comunitários — é uma forma simples e acessível de contribuir para um envelhecimento mais saudável e com melhor qualidade de vida.