O mês de dezembro é marcado, em todo o Brasil, pela campanha Dezembro Laranja, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que chama a atenção para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de pele. Em um país de clima tropical e alta incidência de radiação solar, o tema se torna ainda mais relevante, sobretudo diante do acelerado processo de envelhecimento da população brasileira.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no país e representa um importante desafio para a saúde pública. Ele é classificado em dois grandes grupos: o câncer de pele não melanoma, que corresponde à maioria dos casos e apresenta altas taxas de cura quando identificado precocemente, e o melanoma, menos comum, porém mais agressivo e associado a maior risco de metástase e mortalidade.
A exposição excessiva e desprotegida ao sol ao longo da vida é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Queimaduras solares, especialmente na infância e adolescência, somadas ao envelhecimento natural da pele, aumentam significativamente a probabilidade de surgimento de lesões malignas na idade adulta e na velhice.
Envelhecimento da pele e riscos acumulados ao longo da vida
Com o passar dos anos, a pele passa por alterações estruturais e funcionais que a tornam mais sensível aos danos causados pela radiação ultravioleta. A redução da capacidade de regeneração celular e o histórico de exposição solar acumulada fazem com que pessoas idosas estejam entre os grupos mais vulneráveis ao câncer de pele.
Nesse contexto, o Dezembro Laranja reforça a necessidade de olhar para o cuidado com a pele como parte integrante das estratégias de promoção do envelhecimento saudável e ativo. A prevenção não deve ser vista como uma ação pontual, mas como um compromisso contínuo ao longo do curso da vida.
Prevenção do câncer de pele como estratégia de longevidade
A adoção de hábitos de proteção solar é uma das formas mais eficazes de reduzir o risco de câncer de pele e preservar a saúde cutânea ao longo do tempo. O uso regular de protetor solar, a escolha por vestimentas adequadas e a atenção aos horários de maior incidência de radiação são medidas simples, mas com impacto direto na qualidade de vida, especialmente na velhice.
Além de prevenir doenças, o cuidado com a pele contribui para a manutenção da autonomia, do bem-estar e da autoestima, aspectos fundamentais para uma longevidade saudável.
Diagnóstico precoce amplia chances de cura e qualidade de vida
O diagnóstico precoce do câncer de pele é determinante para o sucesso do tratamento e para a redução de procedimentos mais invasivos. A observação regular da pele e a atenção a sinais como manchas que mudam de cor ou tamanho, feridas que não cicatrizam ou lesões que sangram são atitudes essenciais, especialmente entre adultos mais velhos.
Consultas periódicas com profissionais de saúde, em especial dermatologistas, são recomendadas para pessoas com histórico de exposição solar intensa, trabalhadores ao ar livre e indivíduos idosos, que concentram maior risco acumulado ao longo da vida.
Informação e prevenção como pilares do cuidado contínuo
Ao apoiar o Dezembro Laranja, a Rede Geronto reafirma seu compromisso com a disseminação de informação qualificada e com a promoção da saúde ao longo do envelhecimento. Falar sobre câncer de pele é falar sobre prevenção, cuidado contínuo e responsabilidade coletiva em uma sociedade que envelhece de forma rápida e desigual.
A atenção à saúde da pele deve ser entendida como parte das políticas e práticas de cuidado ao longo da vida, contribuindo para uma longevidade mais saudável, ativa e com qualidade.
Por Juliana Mucury – Relações Públicas
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); Instituto Nacional de Câncer (INCA); Ministério da Saúde – Informações institucionais sobre câncer de pele, promoção da saúde e políticas de prevenção no SUS; e Organização Mundial da Saúde (OMS) – Publicações sobre radiação ultravioleta, envelhecimento da pele e prevenção de câncer relacionado à exposição solar.