A ministra da saúde Nísia Trindade esteve presente nesta manhã, no Seminário Internacional de Atenção Especializada à Saúde. O evento ocorrerá nos dias 26 e 27 de junho, em Brasília, e vai discutir caminhos e identificar experiências que propiciem a construção dos eixos centrais da Nova Política de Atenção Especializada para o SUS.
O evento tem como objetivo discutir e identificar caminhos e experiências que possam contribuir para a construção dos principais elementos da Nova Política de Atenção Especializada no âmbito do SUS. A cerimônia de abertura contou com a presença da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do diretor da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde, Jarbas Barbosa (online), além dos presidentes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Conselho Nacional de Saúde.
O seminário foi dividido em quatro mesas de discussão. A primeira abordará os desafios da Atenção Especializada após a pandemia, contando com a participação dos sanitaristas Gastão Wagner, Eugênio Vilaça Mendes, Maria do Carmo e Luiz Augusto Facchini. A segunda mesa será sobre regulação assistencial, apresentando experiências do Ceará, de Recife e de Belo Horizonte, além dos resultados do Estudo sobre Modelos de Regulação em Saúde realizado em parceria pelo Ministério da Saúde e a Opas.
A ministra, em sua fala de abertura, falou sobre a necessidade desse trabalho coordenado interfederativo, com participação social, com a inserção internacional, e ressaltou que sobre a possibilidade não só de pensar nas tradições e na nossa história, principalmente a partir da constituição de 1988, mas em renovar essa agenda, repensá-la à luz de novos desafios.
Salientou ainda que além da pandemia, nós vivemos também uma catástrofe política, e que isso precisa ser compreendido para que nós possamos seguir a frente:
“Por isso o lema do Governo Federal, do nesse terceiro mandato do Presidente Lula, é a união e reconstrução. E essa reconstrução naturalmente foi e continua a ser fundamental reconstruirmos programas importantíssimos, de grande aceitação pela nossa sociedade e como sempre sujeitos a controvérsias. Como é o caso do Mais Médicos, que na próxima quarta-feira teremos definição da locação da primeira chamada do edital, como vocês sabem foram quase seis mil vagas oferecidas com destaque de mil vagas para a região amazônica”, disse a Ministra.
Destacou o lançamento do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas para reverter o desafio constante das longas filas de espera para atendimentos especializados no Sistema Único de Saúde (SUS).
Observou ainda que “também dizer a vocês que nada disso terá êxito se não pensarmos a grande diversidade no Brasil, como, por exemplo, um enfoque específico para os povos indígenas e o tema da vigilância, inclusive a vigilância, não só das doenças infecciosas, mas das doenças crônicas”.
Por fim, frisou que o debate com o Legislativo é fundamental, toda a discussão interfederativa é fundamental, mas que isso precisa vir acompanhado da participação e do controle social em um diálogo forte, intenso e cotidiano com a população brasileira.
No segundo dia (27/06) pela manhã, serão compartilhadas experiências de saúde digital e inovação na Atenção Especializada. Serão apresentados três casos brasileiros e um caso da Dinamarca: a Plataforma Clínica Global COVID/Pós-Covid na Atenção Especializada à Saúde (envolvendo 83 hospitais), o Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) no Sistema Único de Saúde (SUS), a Telessaúde Integral e a implementação do SUS Digital Brasil, e a experiência da Dinamarca na governança de dados em saúde.
Na parte da tarde, o tema em discussão será a gestão do trabalho e da educação na saúde para a formação e fixação de profissionais da assistência especializada em saúde. Especialistas e autoridades internacionais convidados da Escola Andaluza de Saúde Pública, dos Ministérios da Argentina, do Peru e de El Salvador, juntamente com representantes da Universidade Aberta do SUS (UNASUS), participarão do debate.
O evento está sendo transmitido pelo Portal da Inovação na Gestão do SUS (www.apsredes.org) e pelos canais do YouTube @portaldainovacaosaude e @datasusaovivo.
Juliana Mucury – Relações Públicas