O panorama da demência no Brasil exige ações coordenadas e investimentos estratégicos para um envelhecimento saudável. A constatação é de Henrique Funghetto, estudante do terceiro ano do ensino médio, em Brasília, e um dos participantes do pré-evento on-line da Imersão na Itália, promovida pela Rede Geronto.
Ele pontuou os impactos socioeconômicos da demência, em particular, dos custos assistenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma questão significativa, principalmente, nos estágios avançados da doença, quando há necessidade de cuidados intensos e acompanhamento especializado”.
Segundo ele, “além dos custos diretos, como medicamentos, internações e tratamentos, a demência gera custos indiretos, a exemplo da perda de produtividade, necessidade de cuidados familiares e necessidade de adaptação de ambientes”.
No enfrentamento da doença, Henrique Funghetto, ressaltou ainda a exigência de investimentos em pesquisas, desenvolvimento de tecnologias assistivas e políticas públicas para minimizar impactos da demência no sistema de saúde do país. “Com políticas eficazes e investimentos inovadores, construiremos um futuro positivo para as próximas gerações, com mais inclusão”, declarou.
Na avaliação do estudante, a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências, instituído pela Lei 14.878, de 2024, traz uma visão permanente da integralidade e interdisciplinaridade do cuidado, ao prevê a articulação de serviços e implantação de programas. “Assim, urge fortalecer o SUS, que garantiu acesso à assistência especializada e a medicamentos, além de suporte para familiares e cuidadores.
O SUS é uma vitória histórica, que abraça as famílias de baixa renda na garantia do direito à saúde e essa lei mais uma conquista”, afirmou. Ele também defendeu o investimento em campanhas de conscientização e desmitificação da doença, além de iniciativas de inclusão social dos indivíduos afetados.