Vai longe a ideia equivocada de que a vida ativa do idoso ficou no passado e que o momento é para descanso e contemplação do passar dos anos. Hoje, ele quer conhecer lugares, tomar um banho de cultura e aproveitar os roteiros turísticos e gastronômicos a seu alcance. O reconhecimento do turismo acessível como direito da pessoa idosa foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A proposta, que altera o Estatuto do Idoso, determina que cuidados sejam observados, como paradas técnicas para descanso e refeições a cada duas horas.
O Estatuto do Idoso prevê que direitos à educação, cultura, esporte, lazer, diversão e serviços respeitem e se adaptem às necessidades do idoso. No entanto, o turismo não foi disciplinado na lei.
Na justificativa do projeto, o autor da proposta, deputado Gustinho Ribeiro (REP/SE), argumenta que o aumento da perspectiva de vida no país estimula os 60+ a aproveitarem a vida, principalmente, em busca de destinos turísticos. Segundo o parlamentar, identificar as necessidades específicas da pessoa idosa, adotar as normas de padrões de acessibilidade e conforto e investir em qualificação profissional do setor é a melhor forma de acolhê-la em suas rotas de viagens e estimulá-la a arrumar as malas, rumo ao próximo destino turístico.
O projeto segue, agora, para análise do Senado Federal.