Estrutural e sistêmico, a desigualdade na sociedade brasileira é inquestionável e persiste com a fragilidade de políticas públicas para o enfrentamento desta questão.
Não podemos falar sobre o tema somente no Dia da Consciência Negra, devemos falar diariamente sobre o racismo e como isso prejudica o envelhecimento das pessoas. Devido a desigualdade e falta de oportunidades decorrentes do racismo, muitas pessoas negras não chegam sequer a atingir os 60 anos.
O racismo estrutural, ainda muito presente no Brasil e trazendo marcas desde a época da escravidão, coloca as pessoas em desigualdade em questões políticas, sociais e de acesso a serviços e instituições diversas.
Na prática, isso faz com que exista maior dificuldade de acesso às condições básicas para um envelhecimento saudável e ativo, como:
Segurança
Saúde
Aprendizagem ao longo do vida
Participação social
Como lidar com o racismo prejudicando o envelhecimento
O primeiro passo para o enfrentamento ao racismo é disseminar informações sobre o assunto, repercutir o quanto esse preconceito é prejudicial e deve ser combatido dia após dia.
E não apenas o racismo diário deve ser combatido, como também o institucional, que passa despercebido na maioria das vezes.
Nesse mesmo sentido, é necessário que os órgãos públicos e as instituições atendam às demandas e necessidades das pessoas negras, seja ela qual for.
Desigualdade no atendimento à saúde da população negra
A desigualdade no atendimento à saúde da população negra já começa na gestação, quando a mãe negra não recebe quantidade e qualidade de consultas pré-natais recomendadas.
No decorrer da vida, segundo dados do IBGE 2018, as pessoas negras têm menos acesso à saúde quando comparado aos brancos, com dificuldades de ir ao médico, receber um diagnóstico, ou para conclusão de um tratamento ou procedimento.
Como a sociedade pode lutar contra o racismo
A prática do racismo ataca os direitos fundamentais do indivíduo e pode ser o responsável por violências cometidas contra grupos sociais específicos.
Somente com a união e não com a segregação da população, será possível lutar para a garantia de direitos. É necessário lembrar que o racismo é uma prática inaceitável, fere os princípios mínimos de civilidade e desrespeita os direitos humanos, além de ser um crime.
Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia