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Rede Geronto: instituição amiga do idoso

A diretora da Rede Geronto, Suzana Funghetto, defendeu nesta segunda-feira (22/09), durante participação no I Simpósio Envelhecer de Curitiba, na capital paranaense, políticas públicas que atentem a promoção de espaços intergeracionais, onde os idosos devam ser ouvidos, uma vez que são protagonistas de suas próprias vidas. “Trazer a voz do idoso para o centro da academia e dos serviços é essencial, pois, muitas vezes, quem elabora e discute longevidade tem dificuldade em escutar o que é óbvio – a voz do idoso, o que ele pensa sobre sua vida e o próprio processo de envelhecimento. Para tanto, é preciso conectar gerações, promover vidas plenas por meio de projetos para os 60+ e estar pronto a ouvir”, afirma.

O simpósio é uma iniciativa do Laboratório Prático da Longevidade, fruto da parceria entre a FESP – Fundação de Estudos Sociais do Paraná, a CONAPIC – Cooperativa Nacional dos Terapeutas Integrativos e Profissionais da Saúde e o Instituto Cidade Smart. A Rede Geronto integra o grupo de apoiadores do encontro. Suzana Funghetto ressaltou o exemplo de Curitiba, que ganhou o título de “Cidade Amiga do Idoso”, graças às iniciativas de integração e acolhimento.

Ela ressaltou ainda o trabalho da Rede Geronto em se debruçar no fortalecimento dessa ponte, por meio de ações voltadas ao estudo e parcerias no Brasil e no exterior, em particular Itália, Portugal, Chile e Guatemala. “A imersão anual que oferecemos, na Itália, é uma experiência única em gerontologia, que proporciona uma oportunidade incomparável de aprendizado na área de envelhecimento. A troca de conhecimentos, com líderes de pensamento da área de gerontologia de IES e serviços criam oportunidades de colaboração e crescimento profissional”, reitera.

Ainda segundo Suzana Funghetto, o entendimento do envelhecimento na Itália, é iniciado na casa do idoso. “Lá, se enxerga o idoso na visão que se tem de comunidade, de família e de saúde. E para isso, os preceitos da OMS e da longevidade, com as aprendizagens, são importantes para entender como os novos conhecimentos de geriatria e gerontologia podem melhorar esse processo, levando-se em conta alimentação de qualidade, dormir bem, exercícios físicos, bem-estar mental, vida em comunidade e propósito”, disse. Apaixonada pelo trabalho na Região da Emília-Bolonha, Funghetto afirma que a vida em comunidade na velhice engloba conviver com os amigos de infância e aqueles que são feitos ao longo da vida. “Conhecer esses processos mudam a relação com o conhecimento até porque ouvimos as pessoas, tornando real essa troca de conhecimento”, repisa.

Como impulsionadora da promoção do debate e fomento à colaboração, a pesquisadora destacou eventos nacionais e internacionais da Rede Geronto, em parceria com instituições associadas, como Rede Unida, Câmara Legislativa do Distrito Federal, universidade, organizações de sociedade civil. Doutora em Tecnologias da Educação, ela também ressaltou o Grupo de Pesquisa da Rede Geronto em Saúde e Longevidade, que mergulha na compreensão integral do envelhecimento populacional e impactos das políticas públicas, saúde, qualidade de vida e bem-estar os 60+. Com a terceira edição a caminho, ela celebrou a Revista da Rede Geronto, em parceria com a Rede Unida, responsável pela disseminação da produção científica, como ferramenta essência para o progresso acadêmico e promoção do conhecimento.

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