O sono reparador contribui para a diminuição dos riscos da síndrome cardiovascular-renal-metabólica (SCRM), condição ligada a doenças como obesidade, diabetes, doenças renais e cardiovasculares. A conclusão é de estudo norte-americano, publicado no Journal of the American Heart Association, e que analisou dados de mais de 10 mil adultos, com idade média de 49 anos.
Os pesquisadores concluíram que há correlação entre a qualidade do sono e as doenças crônicas – quem dorme bem apresenta risco 45% menor de chegar a estágios avançados de SCRM. Já aqueles com sono moderado apresentaram 32% menos possibilidades de atingir esse quadro. Os que dormem mal estão no grupo que desenvolvem os casos mais graves. A pesquisa, no entanto, não estabeleceu causalidade entre os dois fatores.
O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA coletados de 2015 a 2020. Os pesquisadores avaliaram cinco padrões do sono de boa qualidade – duração, dificuldade para dormir, sonolência diurna excessiva, ronco frequente e o ato de levantar-se várias vezes para ir ao banheiro. Os parâmetros foram pontuados para a classificação da qualidade do sono.
Sono e 60+
Em qualquer idade, a ausência do sono restaurador pode provocar irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração, esquecimentos frequentes, ganho de peso, queda da imunidade, além de agravar problemas psicológicos já existentes, como depressão e ansiedade.
Nos idosos, as noites mal dormidas é um sinal de alerta. Pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia e publicada no Frontiers in Psychology, a qualidade do sono é o principal fato modificável para a saúde mental e cognitiva e a falta dela aumenta a probabilidade de desenvolver condições, como demência e Doença de Alzheimer. Durante o sono, o sistema linfático elimina os resíduos do sistema nervoso central. Assim, dentre as substâncias eliminadas está a proteína beta-amiloide, que está associada as condições de neurodegenerativas.
Dicas para dormir bem
• Criar uma rotina regular para dormir
• Evitar telas pelo menos 1 hora antes de deitar
• Ter ambiente escuro e silencioso
• Praticar exercícios físicos
• Desconectar-se de eletrônicos
Confira o estudo, aqui: https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/JAHA.124.038674